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Diretor de Itaipu acredita que Brasil aceitará proposta do governo paraguaio de reajuste de tarifa




Alex Rodrigues
Agência Brasil


 

Brasília – Diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Miguel Samek, diz não trabalhar com a hipótese de o governo brasileiro recusar a proposta do Paraguai de reajuste do valor que a Eletrobras e a empresa paraguaia Administração Nacional de Eletricidade (Ande) pagam pela energia fornecida pela usina hidrelétrica binacional.
 

Segundo Samek, o valor da tarifa não é reajustada há três anos, graças, em parte, à valorização do real e do guarani, a moeda paraguaia, em relação ao dólar. Mantido este cenário, o diretor brasileiro afirma que o reajuste de 7,2% pleiteado pelo governo paraguaio não afetará o consumidor final dos dois países e a empresa binacional poderá “caminhar bem por mais uns três anos”.
 

“A variação cambial é um importante componente nesta discussão. Se o dólar ficar na casa de R$ 1,75 ou R$ 1,80, não haverá impacto algum para o consumidor final. Se cair mais que isso, aí sim”, afirmou Samek a Agência Brasil.
 

No último dia 24, o Paraguai apresentou ao governo brasileiro uma proposta de elevar, de US$ 22,60 para US$ 24,30 quilowatt/mês, o valor pago pela Eletrobras e pela Ande à Itaipu, argumentando que o reajuste não necessariamente acarretaria reflexos sobre os preços cobrados ao consumidor final. O percentual de aumento foi aprovado pelo centro de custo de Itaipu e apresentado ao conselho de administração da empresa, em outubro de 2011. Ontem (6), a vice-ministra de Minas e Energia do Paraguai, Mercedes Canese, havia dito que se o governo brasileiro não aceitasse a proposta, Itaipu teria que ajustar seus custos de produção.
 

“Não trabalho com a hipótese de que essa tarifa não seja aprovada”, disse Samek, revelando que, inicialmente, o governo paraguaio cogitava propor que o valor do quilowatt/mês subisse para US$ 27. “Foi um custo para chegarmos a este valor [de US$ 24,30]".
 

Samek lembrou que o valor da tarifa é estabelecido levando em conta os componentes previstos no Tratado de Itaipu, firmado pelo Brasil e o Paraguai em 1973. “A tarifa é estabelecida para pagar toda a dívida de Itaipu com a Eletrobras [que financiou a construção da usina e é credora de cerca de US$ 16 bilhões], os juros e royalties, além das despesas de exploração, como manutenção, ampliação, modernização e salários dos 3.410 funcionários”.
 

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