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DILMA: Países emergentes podem contribuir para fundo de combate ao aquecimento


 
Roberto Maltchik
Agência Brasil

Copenhague (Dinamarca) - A ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, admitiu hoje (13) que já está sobre a mesa de negociação dos chefes das delegações dos 192 países que participam da Conferência das Nações Unidas sobres Mudanças Climáticas uma proposta para que os países emergentes contribuam para o fundo de combate ao aquecimento global.

“Podem haver contribuições voluntárias de quem acha que pode contribuir para este fundo. É como um objetivo. A gente não tem objetivo obrigatório. Quem quiser contribuir, pode”, afirmou.

A chefe da delegação brasileira ressaltou, no entanto, que o Brasil não deseja aplicar dinheiro no fundo, já que a premissa, definida pelo protocolo de Quioto, criado em 1997, indica que a responsabilidade histórica pelas emissões é dos países ricos, com obrigação de financiar as ações do mundo em desenvolvimento para frear as emissões projetadas para os próximos anos.

“Contribuição mesmo é dos países desenvolvidos. Isso é claro. Está previsto na convenção: as ações mitigatórias dos países em desenvolvimento dependem do financiamento dos países desenvolvidos”, lembrou. A proposta de incluir os países em desenvolvimento no fundo foi apresentada pelo México e apoiada oficialmente pela Noruega.

Hoje, mais de 50 chefes de delegações estiveram reunidos com a presidente da conferência, a ministra de Energia e Clima da Dinamarca, Connie Hedegaard, para tratar dos pontos que serão levados para a derradeira negociação dos chefes de Estado, entre quinta e sexta-feira.

Cerca de 110 chefes de Estado e de governo já confirmaram presença na última etapa da COP-15, entre eles, o norte-americano Barak Obama, o primeiro-ministro da Inglaterra, Gordon Brown, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, além dos líderes da China, Austrália, Japão e Canadá.

Segundo Dilma, mais importante do que discutir a participação dos emergentes no fundo é saber se os países ricos estão dispostos a adotar metas mais ousadas do que as anunciadas até agora para atingir o objetivo da convenção: reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa entre 25% e 40%, até 2020.

A estratégia do Brasil é trabalhada em conjunto com outros três grandes países emergentes: China, Índia e África do Sul. Os países ricos, porém, ainda não entraram nesse tipo de detalhe para firmar um acordo até sexta-feira, data marcada para o encerramento da conferência. “Eles contornam essa questão”, disse a ministra.

A Chefe da Casa Civil explicou que um dos principais entraves da negociação é que os países ricos querem “inverter” o debate e colocar em condições iguais os países ricos e as grandes nações emergentes.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, também já está na Dinamarca para participar da última etapa da conferência do clima. O presidente Luis Inácio Lula da Silva chega na noite de terça-feira (15).

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