Sexta-feira, 30 de março de 2012 - 06h16
Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia
Elétrica (Abradee) aponta que Rondônia é o quarto Estado brasileiro no ranking
de fraudes de energia elétrica, ficando atrás de Amazonas, Piauí e Alagoas.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), 13% da energia consumida
no País não é faturada, uma perda de R$ 7 bilhões ao ano. Ainda conforme a
Aneel, a situação mais preocupante é na região Norte. Em Rondônia, de acordo com
a Eletrobras, a perda com furtos de energia chega a 27%, cerca de R$ 410 milhões
anuais.
Em Porto Velho, o número é ainda maior e as perdas chegam a 37%. “Nós dividimos
o Estado em três grandes blocos: norte, que compreende a região de Itapuã do
Oeste até Guajará-Mirim, a central, de Ariquemes a Ji-Paraná, e o sul, que
começa na rodovia 429 e termina em Vilhena. Na região norte é onde há o maior
número de furtos”, garante Efraim Cruz, procurador da Eletrobras em Rondônia. A
justificativa é o grande número de pessoas no topo do Estado.
Com o desvio de energia elétrica o Estado deixa de arrecadar cerca de R$ 100
milhões em impostos. “Todo mundo perde. O consumidor que não paga a energia
elétrica, que é furtada, não terá o dinheiro investido em melhorias para o
Estado e a cidade”, diz Efraim. Na Capital, o procurador explica que as fraudes
na rede elétrica não são feita apenas por pessoas com renda mais baixa. “Nós
encontramos desvio de energia em todas as classes sociais”, afirma. Conforme o
procurador, existem profissionais que oferecem os serviços de fraude e que a
polícia já investiga os casos.
A criatividade de quem tenta burlar o sistema de medição não tem limites. Efraim
conta que o mais comum é o desvio da fiação, ou seja, os consumidores ilegais
ligam a energia elétrica para que ela não passe dentro do medidor de energia,
além dessa, existe alguns que apertam o disco que mede o consumo de energia e
outros que injetam produtos químicos nos medidores eletrônicos, aqueles que não
possuem discos. “Algumas pessoas montam dentro do muro a fiação, outros jogam
água para dar pane do equipamento e por aí vai”, afirma.
Toda fraude, segundo Efraim, é descoberta pela Eletrobras e o consumidor pode
ter uma pena de um a quatro anos pelo crime. Quando é descoberta a fraude, a
empresa entra em contato com a polícia, é feito um boletim de ocorrência e o
Estado entra com a ação penal contra o infrator. “O que nós queremos fazer agora
é realizar uma queixa crime e encaminhar para o Ministério Público para tentar
agilizar essas ações penais no sentido de coibir a população de fazer esse tipo
de uso para desviar energia”, conta.
Para identificar a fraude, a Eletrobras conta com um grande mutirão. Em Porto
Velho, trabalham 40 equipes na detecção de desvio de energia elétrica. “Existe
uma metodologia de acompanhamento, não tem uma rota específica, até para não ser
detectada a ação. Os locais são escolhidos aleatoriamente”, finaliza.
Fonte: Jornal Diário da Amazônia
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