Terça-feira, 12 de janeiro de 2010 - 07h29
Nos últimos dez anos, o consumidor brasileiro desembolsou quase R$ 5 bilhões na conta de luz para bancar projetos de eficiência energética e de soluções para melhorar a operação do sistema elétrico nacional. Até agora, no entanto, os resultados são questionáveis.O País continua desperdiçando cerca de R$ 16 bilhões por ano de energia elétrica - equivalente ao investimento total para a construção da Hidrelétrica de Belo Monte (PA). Além disso, nos últimos anos, a qualidade da energia entregue aos consumidores tem piorado consideravelmente em algumas distribuidoras.
Dos R$ 16 bilhões de eletricidade desperdiçada, R$ 7,3 bilhões referem-se a furtos, fraudes e erros de medição. Só neste caso a quantidade de energia perdida, de 23 mil MWh, poderia abastecer por um ano 19 milhões de residências com consumo médio de 100 kWh por mês. Os outros R$ 8,7 bilhões referem-se a perdas ocorridas durante a transmissão da energia, da usina até o consumidor final.
A redução desses prejuízos, que também oneram o bolso dos brasileiros, foi um dos principais motivos da lei criada pelo governo federal, em 2000, que tornou obrigatório o investimento de 1% da receita líquida em P&D e eficiência energética. Parte desse dinheiro vai para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), do Ministério de Ciências e Tecnologia.
Outra parcela fica no Ministério de Minas e Energia e banca, entre outras coisas, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que produz os estudos de novas usinas para o País. O restante fica nas empresas (distribuidoras, geradoras ou transmissoras) para a elaboração de projetos de pesquisa e inovação. Só em pesquisa e desenvolvimento as companhias desenvolveram 4.521 projetos até o ano passado.
O grande problema é que todo esse volume de projetos não tem se traduzido - na maioria dos casos - em melhoria para a população que usa o serviço público. Segundo especialistas, o dinheiro tem sido mal usado em muitas companhias por falta de uma política adequada. Prova disso é que as empresas não conseguem gastar todo o dinheiro destinado à pesquisa.
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do total reservado para investimentos em pesquisa e eficiência energética, entre 2000 e outubro deste ano, R$ 1,92 bilhão (sem correção dos juros) ainda não havia sido gasto pelas empresas. Isso representa 42% do volume total recolhido desde 1998.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Duas unidades de conservação na Amazônia receberão investimentos da Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da Usina Hidrelétrica (UHE)
Teste de autorrestabelecimento é feito com sucesso na UHE Jirau
As Unidades Geradoras (UG) são desligadas para simular um apagão
SPIC - Chinesa tem pressa para comprar hidrelétrica Santo Antônio
As negociações duram mais de um ano, e agora a SPIC corre para concluir a transação antes da posse de Bolsonaro na Presidência
Mais de 940 mil m³ foram dragados do rio Madeira em 2018
O processo consiste em escavar o material que está obstruindo o canal de navegação e bombear o volume a pelo menos 250 m de distância desse canal.A