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Deputado diz que a CPI da Energia Elétrica foi engodo para atrair eleitores


"No Acre a única coisa que diminuiu foi o fornecimento de energia. A CPI foi eleitoreira e nada resolveu", diz Walter Prado

Autor de várias denúncias contra a Eletroacre, o deputado Walter Prado (PDT) voltou a falar sobre os problemas que a população de Rio Branco enfrenta, com os constantes apagões, que já fazem parte da rotina do acreano, após a desativação das usinas termoelétricas em todo o Estado. O parlamentar questionou também os trabalhos da CPI da Energia Elétrica, que teve como membros deputados da bancada do Acre. As cobranças abusivas e as constantes quedas no abastecimento de energia fizeram com que o parlamentar fosse à tribuna da Assembleia Legislativa, inúmeras vezes nos últimos três anos. Prado chegou a propor que o Ministério Público Federal fizesse uma investigação na concessionária.

Na sexta-feira, 08, a cidade de Rio Branco sofreu um dos piores apagões, já registrados. A capital acreana passou seis horas, sem energia, causando diversos transtornos à população. Muitos acidentes foram registrados em vários pontos da cidade, os comerciantes amargaram prejuízos, perdendo produtos e as vendas caíram assustadoramente. Segundo Walter Prado, além de todos os prejuízos a concessionária, não fez nenhum comunicado sobre o problema, deixando a população sem qualquer informação sobre o que realmente ocorreu no sistema de energia.

"A falta de respeito da Eletroacre com os consumidores, não é nenhuma novidade, mas deixar a população sem informações das causas do apagão chega a ser desumano. Os consumidores pagam caro por uma energia sem qualidade. A população de baixa renda é quem mais sofre com as constantes quedas de energia. Muitos trabalham durante um ano inteiro, economizando para comprar uma geladeira, um televisão, e perdem seus bens pela falta de compromisso da concessionária de energia. É inadmissível o que acontece, hoje, no Acre", protestou o deputado.

Walter Prado disse que o diretor Celso Matheus, assessor da atual presidência, da Eletroacre foi infeliz ao declarar a imprensa, que em 2010, não haveria blecautes. Segundo ele, nem mesmo o diretor conhece o atual sistema, não podendo fazer afirmações sobre o funcionamento do linhão. "A diretoria da Eletroacre sempre trabalhou com previsões. Celso Matheus foi infeliz, ao dar declarações de um sistema que não conhece", declarou.

Usinas termoelétricas - A desativação dos parques térmicos, também foi alvo do deputado, que criticou a falta de pulso das autoridades acreanas, em manter as usinas, para que o Estado, não se tornasse refém em situações de blecautes. Segundo ainda, o deputado, o os representantes do Acre, a nível federal, não empenharam como deveriam, na manutenção dos equipamentos, que em momentos extremos poderiam suprir as necessidades da população do Estado.

Tarifa Social - De acordo com Prado, ele chegou a receber denúncia de uma senhora que tem renda de R$80 por mês advindos do programa Bolsa Família, mas recebeu uma conta de energia de mais de R$300. "Estão falando em redução de energia, mas a luz fez foi aumentar. A Eletroacre tem o descaramento de mandar para uma pessoa que tem renda de R$80 uma conta de mais de R$300 e não é a única, tem mais de 40 mil pessoas que vivem na mesma situação".

O deputado informou que está juntando documentação, com provas do abuso da Eletroacre e cobrar providências do cumprimento da tarifa social, direito de todos os beneficiários do Bolsa Família.

"CPI da Energia Elétrica foi eleitoreira"

"A CPI da Energia Elétrica foi um engodo. A comissão agiu de forma eleitoreira, fez muito barulho, mas nada resolveu. Chegaram a afirmar que a Eletroacre devolveria dinheiro aos consumidores, mas até o momento as decisões não saíram do papel", afirmou Walter Prado em tom de crítica aos parlamentares que fizeram parte da comissão, que apurou as irregularidades nas concessionárias de energia em todo o País.

Muito se falou do relatório final, da comissão parlamentar e a população ainda espera a redução da tarifa. A maioria dos consumidores foi surpreendida pelos reajustes abusivos. Alguns consumidores tiveram aumento de até 80% em suas faturas mensais. A Eletroacre, até o momento, não sinalizou em cumprir as decisões da comissão e continua levando consumidores a ter o nome incluído no sistema do Serviço de Proteção do Crédito (SPC).

Pessoas de baixa renda procuram diariamente o PROCON, para formalizar denúncias contra as cobranças abusivas e os serviços sem qualidade da Eletroacre, sendo a empresa a campeã de reclamações. Os pedidos de ressarcimento, nem sempre são atendidos e a população amarga o prejuízo pela falta de qualidade da energia recebida.

Ray Melo
ac24horas - Acre

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