Quinta-feira, 10 de março de 2011 - 07h34
Desafios continuam rondando a usina hidrelétrica de Jirau em seu terceiro ano de construção. O volume de escavação da obra foi muito maior que o previsto, o que fez a construtora Camargo Corrêa pedir um valor adicional de R$ 900 milhões no contrato de obras civis. O pedido eleva mais uma vez o investimento, que hoje chega perto dos R$ 13 bilhões, ante os R$ 9 bilhões previstos.
Liderado pela GDF Suez, a concessionária Energia Sustentável do Brasil pretendia antecipar para o primeiro semestre de 2012 o início da geração e usar o tempo ganho para vender 100% da energia do primeiro ano a preços do mercado livre, em geral superiores aos R$ 72 o megawatt-hora (MWh) da tarifa com a qual venceu o leilão. Até agora, porém, não conseguiu o preço de R$ 130 o MWh que garantiria retorno do negócio nem mesmo para a parcela que poderá vender no mercado livre a partir de 2013.
Analistas de bancos que acompanham as ações da Tractebel - que herdará a participação da Suez em Jirau - estimam que um retorno de 8% a 9% está atrelado à antecipação de energia, ao preço do mercado livre, e a um adicional no financiamento do BNDES, para o maior investimento necessário. Executivos da Suez, em reuniões com analistas, dizem que é possível, no longo prazo, vender a energia ao preço desejado e obter retorno.
Mas os preços no mercado livre estão em queda e a antecipação no início da venda da energia dificilmente ocorrerá. As linhas de transmissão, que vão ligar Porto Velho (RO) a Araraquara (SP), estão atrasadas e não devem ficar prontas antes de 2013, data do cronograma oficial. A licença ambiental para a construção de outra linha, que ligará a usina ao Sistema Interligado, só foi obtida na semana passada. A concessionária enfrenta ainda uma disputa com a usina de Santo Antônio em torno da operação dos reservatórios, o que dificulta as pretensões de Jirau de aumentar sua capacidade de geração e, com isso, o retorno.
Os sócios de Jirau chegaram a aprovar a antecipação do investimento para que todas as turbinas que vão gerar os 2 mil MW entrassem em operação em 2012. Mas fornecedores têm sido procurados para negociar adiamento de pelo menos três meses na entrega dos equipamentos. Procuradas, a concessionária e sua acionista majoritária, a GDF Suez, não comentaram o assunto.
Fonte: Josette Goulart / Valor Ecônomico
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