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COMPENSAÇÕES: Valverde reconhece impacto das usinas, mas elogia consórcios




A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional realizou audiência pública ontem, quarta-feira (28), para discutir ações compensatórias pelas usinas do rio Madeira e a utilização dos recursos hídricos na Amazônia. O debate foi proposto pelos deputados Eduardo Valverde (PT/RO) e Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM).


Valverde lembrou que, na liberação das licenças de construção das usinas do rio Madeira, várias ações condicionantes foram apresentadas pelos órgãos ambientais para serem implementadas ao longo da construção. Está previsto para 2012 o funcionamento das primeiras unidades geradoras. O objetivo da audiência, afirmou, é avaliar o cumprimento das condições impostas para que as obras fossem liberadas.
 

O deputado elogiou o cuidado com as ações de compensação dos consórcios de Jirau e Santo Antônio. Segundo o parlamentar, os projetos ambientais e sociais dos dois grupos poderiam servir de modelo para outros empreendimentos hidrelétricos, como o da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
 

Apesar dos elogios, Valverde reconheceu que o futuro impacto das usinas nas áreas indígenas e nas atividades de pesca artesanal da região ainda depende de avaliação mais detalhada.
 

A deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM), afirmou que, apesar da sua riqueza em recursos hídricos, a região Norte carece de infraestrutura adequada para aproveitar esses recursos em benefício de seus habitantes. "Essa carência fica evidente quando se compara os índices de atendimento de sua população por serviços de saneamento básico, principalmente quanto ao abastecimento público de água potável e ao esgotamento sanitário", disse.
 

O diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade do consórcio responsável pela instalação da usina hidrelétrica de Jirau, Antonio Luiz Abreu Jorge, afirmou que o grupo está fazendo mais que o previsto inicialmente em termos de compensações ambientais e sociais para a região.
 

O Consórcio de Energia Sustentável do Brasil foi criado especialmente para investir em Jirau, que integra o Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, em Rondônia. Segundo ele, o grupo pretende deixar um pólo de desenvolvimento sustentável na região.
 

Antonio Luiz afirmou, como exemplo, que foi celebrada parceria entre o consórcio e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para capacitação dos trabalhadores locais com a expectativa de gerar renda e empregos em Rondônia.
 

O diretor estatutário da UHE Hidrelétrica Santo Antônio, Carlos Hugo de Araújo, também falou dos investimentos do grupo em sustentabilidade da usina hidrelétrica de Santo Antônio devem alcançar R$ 939 milhões.
 

Esse valor compreende convênios com os governos de Rondônia e de Porto Velho, capital do estado. Desse montante, R$ 300 milhões serão destinados ao remanejamento de populações rurais e urbanas, R$ 200 milhões, a ações de compensação social e o restante, a projetos de compensação ambiental.
 

Araújo citou também que a hidrelétrica Santo Antônio conta hoje com quase 1800 profissionais contratados para trabalhar especificamente em atividades ligadas à sustentabilidade.

Fonte: Leila Denise

 

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