Terça-feira, 24 de maio de 2011 - 07h54
Vinte e cinco anos depois de a Petrobras ter iniciado sua operação na bacia do rio Solimões, no Amazonas, começa uma nova corrida para exploração de petróleo no Estado. A empresa privada HRT Oil & Gas iniciou há um mês a perfuração de seu primeiro poço perto de Tefé. A companhia é operadora de 21 blocos no Amazonas, numa área de 48.485 km2, duas vezes maior que a da Petrobras na região e equivalente a duas Dinamarcas.
A Petrobras explora oito áreas nas bacias do Solimões e Amazonas, onde já perfurou dez poços. Até 2015, a HRT planeja ter 130 poços. "A região tem o melhor petróleo do Brasil", diz o presidente da empresa, Marcio Mello, que saiu da Petrobras nos anos 90. Os investimentos da HRT e de sua sócia Petra Energia estão orçados em US$ 3,5 bilhões até 2014.
Antecipando-se às questões ambientais, Mello contratou como gerente-geral em Manaus o advogado Graco Fregapani, ex-presidente do Ipaam, o órgão ambiental do Estado, que concedeu o licenciamento prévio à HRT. "Acho isso normal", diz a secretária estadual do Meio Ambiente, Nádia Ferreira, observando que a licença é apenas para pequisa.
A operação da HRT é o início da uma saga logística. Se encontrar petróleo e gás - Mello prevê que o óleo "vai jorrar" em julho -, terá de levá-los do meio da floresta até os centros consumidores. O desafio ambiental é igualmente grande. Cada poço exigirá desmatamento apenas de uma área igual à de um campo de futebol, lembra Mello. "O que devasta a Amazônia é a soja, o gado. No nosso setor, o que a gente leva tem que trazer de volta, de helicóptero. Todos os resíduos serão incinerados".
Nádia Ferreira rejeita a ideia de que o Amazonas é um "santuário" e apoia a exploração sustentável dos recursos minerais. Mello é enfático: "Enquanto alguns ficam preocupados com árvores, existem 30 milhões morrendo com malária, tifo, leishmaniose e dengue. Está morrendo gente e agora vai se preocupar que o cara corte uma arvorezinha?"Fonte: Jornal Valor / Claudia Schüffner e Daniela Chiaretti
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