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Chuva em excesso obriga a abertura de comportas na hidrelétrica de Balbina, no Amazonas


 
Com a vazão de 130 metros cúbicos por segundo, o equivalente a 130 mil litros de água, volume que corresponde à geração de 25 MW, a Usina Hidrelétrica de Balbina (UHE Balbina) abriu, em 90 centímetros, duas comportas na manhã desta segunda-feira (9).

A abertura do vertedouro da hidrelétrica foi necessária por conta dos altos volumes de chuvas que vem acontecendo naquela região. Só no último fim de semana, choveu em média, seis milímetros no lago Uatumã, fato que levou a hidrelétrica da Eletrobras Amazonas Energia a abrir as comportas para fazer o controle de enchimento do reservatório.

De acordo com o gerente do Departamento de Geração de Balbina, Milton Menezes, o procedimento acontece apenas em ocasiões específicas quando o nível do lago Uatumã chega à cota de 50,50m, quando há a necessidade do vertimento. "Todo o processo de vazão do rio faz parte do Plano de Contingência da Eletrobras Amazonas Energia. Essa ação só acontece quando o volume de chuva se intensifica na região.

A partir daí, temos todo um procedimento de informação junto às comunidades que ficam à jusante (lado posterior) da barragem, além de comunicar também aos órgãos públicos envolvidos, como: Defesa Civil, Prefeitura de Presidente Figueiredo e Ministério Público Estadual", ressaltou. As comportas podem ser abertas em 13 estágios. Nesse primeiro, as cinco comunidades localizadas no Ramal da Morena, que ficam à jusante da barragem, não sofrerão qualquer tipo de inundação.

Porém, segundo Menezes, caso a intensidade das chuvas aumentem, será necessário abrir as outras duas comportas. Para Menezes, o alto índice de precipitação pluviométrico está acima do esperado para a média mensal. "Em abril do ano passado, a cota do lago era de 48.86 metros. Este ano, no mesmo período a cota chegou a 50.38 metros. O mês de maio de 2010 foi de 49.37 metros e este ano, a cota já está em 50.57 metros. A estimativa é de que ela não passe de 50.80 metros, caso isso aconteça, vamos abrir as outras comportas", explicou.

Durante as últimas quatro semanas, o Departamento de Geração de Balbina iniciou o processo de comunicação do Plano de Contingência onde todas as comunidades do ramal da Morena, única região habitada à jusante, foram informadas da ação de abertura das comportas. Foram visitadas as comunidades: Céu e Mar, São José, São Jorge, Carlos Augusto, além do Programa de Desenvolvimento Sustentável (PDS) da localidade. Conforme informou o gerente, todos foram informados, sistematicamente, sobre a abertura gradativa das comportas da hidrelétrica. "No segundo estágio poderemos ter algumas áreas alagadas. Porém, as próximas etapas de abertura das comportas irão depender do volume de chuvas previstas até a primeira quinzena do mês de julho", informa. Milton lembra que esse procedimento foi realizado em 2009 quando ocorreu a maior enchente do Estado do Amazonas. Para ele, tanto a Eletrobras Amazonas Energia quanto os órgãos envolvidos (Defesa Civil, Ministério Público e Prefeitura de Presidente Figueiredo) visam minimizar o impacto causado pelo vertimento. "Estes procedimentos buscam evitar transtornos desde o calendário escolar aos compromissos rotineiros dos moradores.

O que estamos fazendo é retardar o enchimento do reservatório. Mas, vale ressaltar que o fato que vai determinar o volume de água que a hidrelétrica pode verter são as chuvas", destaca. Todas as comunidades que vivem no Ramal da Morena receberam, com antecedência, o comunicado de alerta sobre a data exata da abertura das comportas. O procedimento está previsto no Plano de Contingência da UHE Balbina e objetiva alertar que os 800 ribeirinhos, locados naquela região alagadiça evitem maiores transtornos físicos e materiais.

Caso ocorra a inundação do ramal da Morena, os moradores recebem auxílios de transporte (embarcações) para se deslocarem até as áreas de terra firme onde utilizarão as linhas de ônibus. De acordo com o líder da comunidade ‘Céu e Mar’, Erismar Ribeiro, a inundação do ramal não é novidade e também não afeta o cotidiano dos moradores. "Como temos experiência nessa situação, vamos utilizar nossos meios como as ‘rabetas’ para continuar nossas atividades", diz o agricultor. Em ‘Céu e Mar’ vivem 44 famílias e a principal atividade é o cultivo de cupuaçu e a agricultura familiar.

 

(Fonte: De olho no tempo, com informações D24 am)
 

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