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Camargo Corrêa e Furnas utilizam genética para compensação ambiental em usinas


Em três hidrelétricas, compensação deve superar 120 milhões de kg de CO2 proveniente da utilização de 36 milhões de litros de óleo diesel de máquinas 

 O estudo genético de biomas pode contribuir para as compensações ambientais em hidrelétricas. Desde 2003, a Camargo Corrêa adquire experiência sobre este assunto por meio de um programa de recuperação de florestas e compensação de CO2 e que ganhou, há cerca de um ano, apoio de Furnas. Para as três hidrelétricas envolvidas no projeto, a expectativa é de compensar em mais de 120 milhões de quilos de gás carbônico a emissão, que é proveniente da utilização de 36 milhões de litros de óleo diesel em máquinas. O programa será apresentado no Congresso Mundial de Grandes Barragens, que acontece entre 26 e 28 de outubro, em Lyon, na França.

O programa prevê o plantio de aproximadamente um milhão de mudas nativas. Até o momento, mais de 500 mil mudas já foram plantadas, considerando-se todos os empreendimentos da diretoria de Projetos de Energia. Ao todo, mais de 14 mil pessoas foram beneficiadas no entorno das obras, de acordo com a Camargo Corrêa.

"A partir desse modelo que envolve a questão da genética podemos auxiliar na recomposição florestal daquele lugar plantando mudas para recuperar as áreas degradadas pela construção da usina hidrelétrica", explicou o consultor ambiental da Camargo Corrêa no projeto, Eduardo Peixoto, em entrevista à Agência CanalEnergia.

Inciado na UHE Campos Novos, o programa é desenvolvido atualmente nas hidrelétricas de Foz do Chapecó (RS/SC, 855 MW), Serra do Facão (GO, 210 MW) e Batalha (GO/MG, 52,5 MW). Até o final deste ano, o programa também deve ser implantado nas obras da UHE Jirau (RO, 3.450 MW), no Rio Madeira. De acordo com Peixoto, em cerca de 20 dias deve estar pronto o centro integrado dessa usina que deve começar a produção das mudas em novembro. "Jirau vai ter um programa pela grandiosidade da obra. Vamos estabelecer uma relação com o Instituto Chico Mendes para escolher os lugares de plantio", contou o consultor.

Para a preservação de biomas importantes como Mata Atlântica, o Cerrado e a Amazônia, o programa coleta sementes das espécies nativas para produção de mudas e os planta por meio da restauração das áreas impactadas. O plantio prioriza áreas de proteção integral, matas ciliares, e recomposição florestal em áreas de preservação permanente. As mudas produzidas possuem controle genético rigoroso, desde a coleta da semente até a escolha de matrizes. No caso de espécies ameaçadas de extinção, as mudas passam por análise em laboratórios. 

Danilo Oliveira, da Agência CanalEnergia, Meio Ambiente

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