Sexta-feira, 29 de janeiro de 2010 - 20h47
Mariana Jungmann
Agência Brasil
O Brasil deve substituir as termelétricas por energia eólica e fotovoltaica na complementação de sua matriz energética para mantê-la limpa. Essa foi a ideia defendida pelo ambientalista Rubens Born, coordenador-executivo da organização não governamental Vitae Civilis, hoje (29), no Fórum Social Mundial Temático da Bahia.
Após participar de debate sobre mudanças climáticas, Born disse à Agência Brasil que o Brasil utiliza apenas cerca de 2,5% de seu potencial eólico e que essa matriz precisa ser ampliada, mesmo que no início custe mais caro.
“Existe uma coisa chamada curva de aprendizado. No início custa mais, mas, à medida que vai sendo produzido em larga escala, aquilo se torna mais barato. Foi assim com os aparelhos celulares, com a televisão, com o computador. E o Brasil agora está baixando suas emissões espontaneamente, mas vai chegar a hora que ele vai ser obrigado a fazer isso e é melhor que o país esteja preparado.”
Segundo Born, a instalação de equipamentos que geram energias alternativas pode ser mais cara, mas o baixo consumo, depois, compensa o preço.
Ao lembrar que as termelétricas têm tido maior participação nos leilões de energia, o ambientalista classificou de hipócrita o argumento comumente usado para justificar o uso das térmicas, o de que faltam licenças ambientais para as usinas hidrelétricas. E critica os projetos das hidrelétricas.
“Os projetos para as usinas hidrelétricas são mal feitos, não levam em consideração a questão ambiental e, por isso, têm problemas com as licenças. E depois, você pode complementar com eólica ou fotovoltaica. Não precisa ser térmica”, defendeu.
Ele ainda elogiou a iniciativa do governo de baixar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os produtos com baixo consumo de energia. Segundo Born, ações de eficiência no consumo poderiam reduzir em 43% a demanda por energia. “É de ações como essas que nós precisamos. Não dá para ficar pensando apenas na oferta.”
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