Segunda-feira, 12 de abril de 2010 - 07h18
"O Xingu pode virar um rio de sangue", prometem caiapós, xipaias, jurunas e araras, que enviaram carta ao presidente Lula contra a usina
A oposição à hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, está unindo grupos indígenas (Clique Aqui e assista David Assayag) distantes e muito diversos. Uma ideia em discussão é montar uma aldeia multiétnica no ponto onde se prevê a construção da barragem. Na região da Volta Grande, o trecho de 100 quilômetros que sofrerá o impacto do desvio das águas, jurunas, araras e caiapós temem que a usina acabe com os peixes e inviabilize o transporte pelo Xingu. Os caciques dizem que os índios não foram ouvidos e que se o governo insistir com Belo Monte, irão à guerra.
Daniela Chiaretti, da Volta Grande do Xingu (PA) / Jornal Valor Econômico
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