Terça-feira, 5 de julho de 2011 - 21h29
Vladimir Platonow
Agência Brasil
Rio de Janeiro – As recentes explosões nas câmaras subterrâneas do sistema de distribuição de energia da concessionária Light, no Rio de Janeiro, são reflexos da gestão equivocada desde a privatização da empresa e devem motivar uma revisão da metodologia de avaliação pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para haver antecipação aos problemas. A análise é do coordenador do Grupo de Estudo do Setor de Energia Elétrica (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Nivaldi de Castro.
“É um alerta para a Aneel desenvolver uma metodologia de controle de qualidade do serviço, mais de curto prazo do que a utilizada atualmente, que basicamente mede a frequência e a duração do corte [de fornecimento]. É preciso uma nova metodologia para que esse tipo de problema, que coloca em risco a população, tenha uma penalização mais consistente, que evite acidentes no Rio de Janeiro e em outras cidades do Brasil.”
Para o coordenador do Gesel, os problemas na Light vêm desde a privatização da empresa, em 1996, inicialmente controlada pelo grupo francês EDF e atualmente sob comando da Companhia Elétrica de Minas Gerais (Cemig). “A Light fez uma gestão administrativa centrada na performance financeira, maximizando os ganhos em detrimento da qualidade no atendimento à população. O resultado disso é que em vez dela gastar em manutenção de equipamento deixou os gastos se transformarem em lucro. Agora, a atual diretoria está pagando esta conta, do acionista anterior, de gastos que deveriam ter sido feitos no passado e que estão explodindo sob os cariocas.”
Segundo Nivaldo de Castro, um dos erros cometidos pela empresa foi prescindir dos quadros experientes em troca da contratação de funcionários terceirizados. “São pessoas que não têm compromisso com a empresa e que não vestem a camisa. Se economiza na equipe, a empresa ganha, mas o consumidor perde”, disse.
A Light informou, por meio de nota divulgada pela assessoria de imprensa, que aumentou os recursos aplicados no sistema de distribuição em 2011, totalizando R$ 88 milhões para a recuperação da rede subterrânea, representando mais de dez vezes o que se gastava anualmente no período de 2004 a 2008 e mais de três vezes o gasto do ano passado.
Sobre as críticas ao processo de terceirização de mão de obra, a assessoria informou que a concessionária decidiu contratar diretamente 250 funcionários. “Até 2010, a mão de obra utilizada para executar as tarefas na rede subterrânea era majoritariamente terceirizada. Hoje é o contrário: apenas uma minoria de técnicos é terceirizada”, diz a nota.
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