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Amazonas enfrenta terceira maior seca dos últimos 100 anos


O rio Negro terminou a semana com o nível de 15,86 m, que indica que a região enfrenta a terceira maior seca dos últimos 100 anos, segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM). O órgão, em parceria com o departamento de meteorologia do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), indicou que a chuva não deve passar da metade do esperado nos próximos três meses. O governo do Amazonas já declarou situação de emergência em 15 municípios do Estado. Segundo a defesa civil estadual, 192 mil pessoas já foram atingidas. "O maior problema agora é com o alto rio Negro para onde temos de fazer um plano emergencial mais complexo. O transporte de mantimentos está complicado e os mantimentos começam a ficar escassos", disse o secretário de Defesa Civil do Amazonas, Roberto Rocha. De acordo com Rocha, os municípios de São Gabriel da Cachoeira e Santa Isabel do Rio Negro são os mais afetados. No rio Solimões, as águas no município de Manaquiri são um dos locais que sofrem mais com a seca. Milhares de peixes morreram por falta de oxigenação na água. O nível do rio Manaquiri baixou muito e causou a morte dos peixes. Pelo menos 1,8 mil estudantes de escolas da zona rural estão com aulas suspensas. O caboclo usa os rios para se locomover. Com a seca, os caminhos ficam mais longos e o deslocamento fica mais difícil. Em Manaus, centenas de barcos que não foram retirados a tempo dos igarapés que cortam a cidade estão encalhados. Casas flutuantes também estão na terra. Os leitos dos igarapés, que geralmente comportam grandes embarcações, viraram pequenos córregos por onde não passa sequer uma canoa. O fenômeno climático El Niño é a principal causa apontada pelos especialistas para a forte seca dos rios na região Amazônica. O El Niño é causado pelo aquecimento da temperatura das águas do oceano Pacífico. "O El Niño inibe a formação de nuvens, o que impede a ocorrência de chuvas. Em novembro é normal que ocorram em média de 11 a 13 dias de chuva, neste mês ocorreram só três dias", disse Ricardo Dallarosa, chefe de meteorologia do Sipam. Com a estiagem, a umidade relativa do ar diminui drasticamente e causa o efeito conhecido como inversão térmica, quando a massa de ar que está nas maiores altitudes desce. O problema é agraado com a grande quantidade de queimadas na floresta que estão sendo feitas nos municípios do entorno da região metropolitana de Manaus. Careiro da Várzea, Iranduba, Rio Preto da Eva têm concentrado vários focos de queimada que, nos últimos 10 dias, têm deixado Manaus encoberta quase 24 horas por uma nuvem branca de fumaça. O fenômeno tem afetado desde a aviação civil de pequeno porte (aeronaves que não voam por instrumentos), navegação e deixando a qualidade do ar pior. Nos postos de saúde, é grande a quantidade de crianças e idosos sendo atendidos com problemas respiratórios. A navegação fluvial fica perigosa porque a visibilidade, principalmente no rio Negro, diminui. "Acontece todo dia acidente aqui. Quando fica de noite, é pior ainda", afirmou Aldemir Albuqueque, dono de embarcação. No aeroclube de Manaus, vários voos para municípios do interior do Estado foram cancelados durante toda a semana. "Prejudica bastante a segurança principalmente nas operações de pouso porque a visibilidade fica muito restrita", disse o piloto Claiton Taumaturgo. 

Fonte: De olho no tempo, com informações Terra

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