Sábado, 19 de setembro de 2009 - 16h25
O Pará dá mais um passo para aumentar sua importância estratégica enquanto produtor de energia no Brasil. Na tarde dessa quarta-feira (16), foi assinado no Centro Integrado de Governo (CIG) um Termo de Compromisso para análise da viabilidade técnica e econômica à construção de duas termelétricas (uma em Marabá, outra em Vila-do-Conde), de um gasoduto e de um terminal de regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL) em Barcarena.
O termo foi assinado pela Eletronorte, Companhia de Gás do Pará (Gaspará), Termogás S. A., Mega Brasil Energia S.A. e a Regas Brasil Sul LTDA, tendo como intervenientes o governo do Estado e a Eletrobrás.
Cada hidrelétrica, movida a gás natural, terá capacidade para produzir 600 MW. O gasoduto ligaria Açailândia, no Maranhão, a Marabá, e daí a Vila-do-Conde e Belém. Já o terminal de regaseificação receberia, num primeiro momento, o gás liquefeito do mercado internacional (Trinidad y Tobago é a opção preferencial, por ficar mais perto do Pará do que outros produtores) e, num segundo momento, o gás excedente da exploração das reservas do pré-sal, no sudeste brasileiro.
Os investimentos previstos (terminal, gasoduto e termelétricas) são de R$ 5 bilhões. O prazo máximo para a conclusão da análise de viabilidade técnica e econômica é de 24 meses. De acordo com o representante da Regas Brasil, Nelson Proença, se a análise for positiva, "como é a expectativa de todos", as usinas e o regaseificador estariam concluídos em dois anos.
"Nossa perspectiva é de total otimismo", afirmou Nelson Proença, "até por termos, como parâmetro, projeto semelhante no Rio Grande do Sul, que já está licenciado ambientalmente e começa a ser construído neste mês".
O empresário destacou que a solução pelo gás natural liquefeito é uma tendência natural em todo o Brasil, "e que o Pará sai na frente.". Nelson Proença também ressaltou que o gás servirá tanto à implantação das termelétricas, quanto a pequenos produtores (como padarias, terminais pesqueiros) e também motoristas de táxi.
O presidente da Eletronorte, Jorge Nassar Palmeira, se disse muito otimista quanto à viabilidade dos projetos, e que também a energia produzida pelas termelétricas serviria tanto a grandes e pequenos produtores paraenses, como também de outros estados, vendida por meio de leilões e distribuída pelo sistema integrado.
Viabilização - Jorge Nassar Palmeira também destacou a importância crescente do Pará enquanto produtor nacional de energia, e que a Eletronorte participou de todas as cinco recentes audiências públicas realizadas, pelo Ibama, sobre a construção da hidrelétrica de Belém Monte, no rio Xingu. "Estamos ansiosos e muito otimistas quanto ao resultado das audiências", afirmou o presidente da Eletronorte. "O Ibama agora tem um mês para emitir seu parecer sobre elas; caso tudo corra bem, devemos leiloar Belo Monte no final de novembro ou início de dezembro próximos."
O secretário estadual de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro, destacou que o governo do Estado articulou o encontro de empresários e da Eletronorte em torno do projeto (via Companhia de Gás do Pará) "por causa do alto interesse público envolvendo a solução de gargalos por energia e também de gás natural".
Maurílio Monteiro destacou que "o que se está começando a viabilizar hoje, aqui, é não apenas um projeto de Estado ou empresarial, mas de nação: o que fazemos, de fato, é dar uma destinação de alta relevância social para o gás a ser produzido nas camadas do pré-sal, e que poderão servir de inúmeras alternativas econômicas com fins sociais no Pará. A construção das termelétricas gera o mercado - a demanda - necessária para a viabilização de um projeto dessa envergadura."
Caso confirmadas, as obras vão gerar, durante dois anos, em torno de 15 mil empregos (5 mil diretos e 10 mil indiretos), em todos os níveis de qualificação.
Fonte: Eletronorte
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