Segunda-feira, 8 de dezembro de 2025 - 14h20

O Pix ainda é o meio de pagamento favorito dos brasileiros. Na Black
Friday de 2025, que ocorreu em 28 de novembro, a modalidade registrou recorde
histórico com 297,4 milhões de transações realizadas em um único dia,
movimentando R$166,2 bilhões, impulsionado pelo pagamento da primeira parcela
do 13º salário e promoções. Esse volume superou o montante anterior de 290
milhões de transações em setembro de 2025, reforçando o Pix como infraestrutura
essencial para a economia brasileira, com alta adesão no varejo e e-commerce. O
Banco Central destacou a robustez do sistema em nota oficial.
A Cyber Monday reúne nesta segunda-feira empresas participantes como a
Aliexpress, Shein e Pontofrio. Projeções para o e-commerce na Cyber Monday
indicam faturamento superior a R$1 bilhão, com Pix liderando os pagamentos
(cerca de 44% do valor total), impulsionado pela continuidade das promoções da
Black Friday e alta adesão digital
Segundo a Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP),
entre janeiro e setembro deste ano foram registrados 28 milhões de golpes
ligados ao Pix, colocando a modalidade como foco de ações criminosas. O número
expõe um problema que vai além da tecnologia: a falta de amadurecimento
coletivo, tanto de instituições como de usuários, em práticas voltadas
para a segurança e a prevenção.
Para João Fraga, CEO da Paag, techfin especializada em meios de
pagamento, o país vive um momento decisivo. Ele reforça que a vulnerabilidade
não está no Pix, mas no ambiente em torno dele. “O Pix não é inseguro. O que
está inseguro é o conjunto de práticas e proteções ao redor dele. Hoje, o golpe
começa muito antes da transferência porque faltam mecanismos robustos de
prevenção, checagem e educação digital. Não podemos deixar a responsabilidade
só nas mãos do usuário; é preciso construir ambientes onde errar seja mais
difícil.”
O Brasil é o segundo país com mais ataques cibernéticos no mundo,
acumulando cerca de 700 milhões de tentativas por ano, o equivalente a 1.379
por minuto. Entre as modalidades mais comuns elencadas pelo relatório
destacam-se os 2,7 milhões de golpes em compras online, 1,6 milhão via WhatsApp
e 1,5 milhão de casos de phishing, que usam comunicações falsas para roubar
dados. Os deepfakes, vídeos e áudios que imitam pessoas reais, também avançam,
aumentando a sofisticação dos golpes.
Tais dados tornam o cenário alarmante, já que golpes financeiros
representam 47% de todas as fraudes digitais no país, seguidos por roubo de
identidade (15%), vazamentos e invasões (22%) e fraudes em e-commerce (16%). O
público mais afetado está acima dos 50 anos, somando 53% das vítimas.
Diante desse avanço, torna-se indispensável desenvolver uma cultura de
verificação, especialmente no contexto do uso crescente de IA e deepfakes. Para
enfrentar esse cenário, o Banco Central impôs novas regras no Mecanismo
Especial de Devolução (MED), que será obrigatório a partir de fevereiro de 2026
e permitirá rastrear valores mesmo após múltiplas transferências, ampliando as
chances de reembolso em até 11 dias. A regra corrige uma fragilidade antiga:
criminosos costumam esvaziar rapidamente a conta inicial e pulverizar o valor
para dificultar a recuperação.
Ainda assim, para o CEO da Paag, esse avanço não basta.“O MED
recupera o dinheiro depois. A discussão agora precisa ser sobre como impedir
que o dinheiro saia da conta. Segurança não pode ser apenas reativa.” Fraga
destaca que os golpes não ocorrem “dentro do Pix”, mas fora dele, por meio de
links, mensagens falsas, páginas clonadas e ligações fraudulentas.
Ele reforça que empresas também estão vulneráveis. PMEs podem ser alvos
de páginas falsas usando a marca, phishing para colaboradores, pedidos
fraudados enviados ao financeiro e até QR Codes adulterados. “Segurança não
é custo, é proteção do caixa. Todo dinheiro perdido em golpe é lucro
evaporado.”
A proteção de informações tornou-se uma questão de sobrevivência para
empresas de todos os setores, que precisam adotar políticas e práticas robustas
para reduzir riscos e preservar sua operação. “Investir em políticas e
práticas robustas de segurança é fundamental para reduzir riscos, proteger
dados em todos os níveis e garantir maior proteção para os clientes, ao mesmo
tempo em que aumenta o desempenho operacional com processos mais seguros e
eficientes”, revela Tironi Paz, CEO da Imply, empresa de tecnologia. Nesse
cenário, a Certificação ISO 27001 se consolida como uma das principais
referências globais, por exigir sistemas rigorosos de gestão de segurança da
informação capazes de identificar, prevenir e mitigar riscos.
Para João, o caminho é claro: práticas de segurança da informação. O
especialista defende a integração entre bancos, empresas, consumidores e
governo para criar campanhas, avisos automáticos em apps, protocolos de
verificação obrigatórios e ações voltadas especialmente a idosos. “Quem
educa reduz fraudes. E quem reduz fraudes fortalece todo o ecossistema
financeiro”, conclui.
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