Quarta-feira, 23 de julho de 2025 - 07h50
O recente anúncio do ex-presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump, sobre a imposição de uma tarifa de 50% sobre
produtos brasileiros reacendeu as discussões sobre os impactos do protecionismo
nas relações comerciais internacionais. A medida, prevista para entrar em vigor
a partir de 1º de agosto, tira o Brasil de uma posição relativamente
confortável no comércio exterior e o coloca no centro de uma disputa que pode
afetar diretamente a previsibilidade econômica de empresas que operam com
exportações para o mercado norte-americano. Diante desse cenário, surgem
questionamentos sobre os desdobramentos operacionais e financeiros dessa nova
barreira tarifária. Em sua análise, o economista Hudsson Bessa chama atenção
para o fato de que, independentemente de um eventual recuo por parte de Trump,
o dano à estabilidade dos negócios já está feito. Segundo ele, o simples
anúncio da medida gera uma reação imediata por parte dos empresários, que se
antecipam para evitar perdas e acabam agravando sua exposição financeira. Ao
acelerar compras e reforçar estoques antes da aplicação da tarifa, muitas
empresas comprometem seu fluxo de caixa, criando um efeito dominó que afeta
liquidez, margem operacional e capacidade de resposta no médio prazo. Além
disso, Bessa destaca que o ambiente de incerteza constante — marcado por
avanços, recuos e indefinições — compromete a dinâmica do setor produtivo. A
imprevisibilidade, segundo o economista, paralisa investimentos, adia decisões
estratégicas e fragiliza o planejamento de longo prazo. Nesse cenário, o risco
da operação se eleva, o que impacta diretamente a sustentabilidade financeira
de empresas exportadoras, sobretudo aquelas de menor porte, mais vulneráveis à
volatilidade cambial e tarifária. Os efeitos se estendem para toda a cadeia
produtiva. A hesitação em importar e exportar, somada a uma gestão cautelosa
dos estoques, pode gerar choques pontuais de oferta, pressionar preços e
alimentar a inflação em determinadas frentes. Margens comprimidas e
rentabilidade em queda são consequências diretas desse novo ambiente. O
resultado mais preocupante é a criação de uma economia mais lenta, com
crescimento reduzido e menor capacidade de gerar emprego e renda. Apesar do
cenário adverso, o economista reforça que há caminhos possíveis para mitigar os
impactos. A começar por um planejamento financeiro rigoroso, que permita maior
resiliência em tempos de incerteza. Ele também recomenda que empresários
busquem acordos comerciais mais vantajosos, priorizem atividades mais
estratégicas dentro de seus portfólios e, principalmente, se mantenham bem
informados. Para isso, associações de classe e fóruns de discussão ganham
importância como espaços de articulação e tomada de decisões coletivas.
Assista: https://youtu.be/6Bj2AY-ONGs
Em tramitação na Câmara, reforma do IR
que mira equilíbrio e melhor distribuição de renda
A proposta de reformulação do sistema
tributário brasileiro tem dominado os debates no Congresso Nacional nos últimos
anos, com foco inicial na reestruturação da cobrança sobre o consumo. No
entanto, enquanto essa reforma mais ampla caminha a passos lentos e depende de
regulamentações futuras, um novo movimento ganha força com potencial de gerar
impacto direto na renda de milhões de brasileiros. Trata-se do Projeto de Lei
1087, que propõe alterações no Imposto de Renda da Pessoa Física e está em
tramitação na Câmara dos Deputados. A medida, embora menos complexa que a
reforma do consumo, pode representar um avanço significativo no princípio da
justiça tributária. Na avaliação do advogado tributarista Mario Franco, essa
chamada “mini reforma” propõe um redesenho mais claro do conceito de capacidade
contributiva, que, segundo ele, deve ser a base de um sistema mais justo. A
proposta amplia a faixa de isenção do IR para pessoas físicas com renda mensal
entre R$ 5 mil e R$ 7,5 mil, o que permitiria que mais de 10 milhões de
contribuintes deixassem de pagar imposto. Ao mesmo tempo, a compensação viria
com a criação de um Imposto Mínimo para rendas superiores a R$ 50 mil por mês,
atingindo uma alíquota de até 10% para aqueles que recebem acima de R$ 1,2
milhão por ano. Franco observa que essa redistribuição da carga tributária
representa um passo concreto em direção a um sistema mais equilibrado, já que
apenas uma pequena parcela da população — cerca de 150 mil pessoas — seria
impactada pelo novo modelo de taxação. Na prática, a proposta reforça o caráter
progressivo da tributação, transferindo parte do peso fiscal dos trabalhadores
e assalariados de renda média para os contribuintes de rendas mais elevadas.
Para o tributarista, essa é uma resposta importante diante das profundas
desigualdades sociais e econômicas do país. Além disso, o especialista destaca
que o projeto tem ganhado tração por contar com um raro consenso entre o
Legislativo e o Executivo. Em meio a disputas e ruídos entre o Congresso e o
governo federal, principalmente após o recente decreto que elevou o IOF, o PL
1087 tem sido visto como uma pauta de convergência, ao reunir apoio técnico e
político com o objetivo de promover maior justiça fiscal. Essa articulação pode
permitir que a proposta avance com mais agilidade quando os parlamentares
retornarem do recesso legislativo. A adoção de critérios mais justos de
cobrança sobre a renda é essencial para reequilibrar as obrigações fiscais no
país. Ao tratar de forma distinta quem ganha menos e quem concentra renda, o
projeto também pode contribuir para uma percepção mais legítima da carga
tributária, reduzindo resistências e ampliando a confiança no sistema. Mesmo
sendo uma reforma pontual, ele acredita que essa medida sinaliza uma direção
positiva e mais coerente com os princípios constitucionais de equidade e
capacidade contributiva.
Assista: https://youtu.be/UyY1mQync8M
Feliz Aniversário? Tecnologia expõem
consumidores a novos golpes
Segundo o advogado Marcos Bernardini,
os golpes contra consumidores têm se tornado mais sofisticados com o avanço da
tecnologia e o constante vazamento de dados. Hoje, os criminosos acessam
informações completas das vítimas, como nome, telefone, endereço, datas
importantes, contatos e até vínculos de parentesco. Um dos esquemas recentes é
conhecido como “golpe do presente de aniversário”. Nele, o consumidor recebe,
no dia do aniversário, uma ligação ou mensagem de alguém que se apresenta como
entregador de uma loja de presentes, como perfumes ou outros produtos. Diante
da data especial, a vítima acredita que pode, de fato, estar sendo surpreendida
com um presente. Ao chegar para receber o suposto presente, o entregador
solicita o pagamento de uma pequena taxa — geralmente de R$ 2 a R$ 3 — e
insiste que o valor seja quitado com cartão. No momento da transação, os dados
do cartão são clonados, permitindo que diversas compras fraudulentas sejam
realizadas logo em seguida. Caso enfrente esse tipo de situação, a orientação é
clara: não entregue seu cartão e desconfie de cobranças, por menores que sejam.
É importante confirmar com a pessoa que teria enviado o presente antes de
qualquer pagamento. Se o golpe se concretizar, o consumidor deve bloquear
imediatamente os aplicativos bancários, entrar em contato com o banco e
registrar um boletim de ocorrência. Segundo Bernardini, o banco é responsável
por ressarcir os valores e, em alguns casos, até indenizar o cliente.
Assista: https://youtu.be/u5jpPAsydDY
Alteração da Receita Federal cria
burocracia e perda de tempo no registro de empresas
A Receita Federal publicou a Nota
Técnica COCAD/COCADI nº 181, de 2025, que determina mudanças no processo de
registro de empresas e na inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica
(CNPJ). A principal alteração é a exigência de definição do regime tributário —
Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real — no momento do registro da
empresa. Antes da mudança, as empresas tinham até 30 dias após o registro para
fazer essa escolha. As juntas comerciais têm até 27 de julho para se adequar à
nova norma. A medida vem sendo criticada por entidades empresariais, que
apontam risco de aumento da burocracia e insegurança para novos negócios. De
acordo com o advogado Marcos Tavares, a definição antecipada do regime pode
dificultar decisões iniciais, como contratação de funcionários, assinatura de
contratos e aquisição de insumos. Além disso, a inscrição no CNPJ deixará o
fluxo atual e passará a depender do preenchimento de um novo formulário, ainda
sem detalhamento oficial sobre os campos obrigatórios. Esse ponto tem motivado
pedidos de prorrogação do prazo por parte de organizações empresariais.A
Receita Federal, por sua vez, afirma que o sistema permanece digital,
informatizado e seguro, e que a antecipação da escolha tributária está alinhada
à proposta de simplificação prevista na reforma tributária. Golpes evoluem com
tecnologia e expõem consumidores a novos riscos. Segundo o advogado Marcos
Bernardini, os golpes contra consumidores têm se tornado mais sofisticados com
o avanço da tecnologia e o constante vazamento de dados. Hoje, os criminosos
acessam informações completas das vítimas, como nome, telefone, endereço, datas
importantes, contatos e até vínculos de parentesco. Um dos esquemas recentes é
conhecido como “golpe do presente de aniversário”. Nele, o consumidor recebe,
no dia do aniversário, uma ligação ou mensagem de alguém que se apresenta como
entregador de uma loja de presentes, como perfumes ou outros produtos. Diante
da data especial, a vítima acredita que pode, de fato, estar sendo surpreendida
com um presente. Ao chegar para receber o suposto presente, o entregador
solicita o pagamento de uma pequena taxa — geralmente de R$ 2 a R$ 3 — e
insiste que o valor seja quitado com cartão. No momento da transação, os dados
do cartão são clonados, permitindo que diversas compras fraudulentas sejam
realizadas logo em seguida. Caso enfrente esse tipo de situação, a
orientação é clara: não entregue seu cartão e desconfie de cobranças, por
menores que sejam. É importante confirmar com a pessoa que teria enviado o
presente antes de qualquer pagamento. Se o golpe se concretizar, o consumidor
deve bloquear imediatamente os aplicativos bancários, entrar em contato com o
banco e registrar um boletim de ocorrência. Segundo Bernardini, o banco é
responsável por ressarcir os valores e, em alguns casos, até indenizar o
cliente.
Assista: https://youtu.be/ogW6W8xlFbI
Alunos do IFRO vivenciam programa de
Microcrédito em parceria com Banco do Povo
Os discentes do curso técnico em
Finanças e do ensino médio integrado ao mundo criativo, do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) – Campus Porto Velho Zona
Norte, participaram de uma visita técnica especial no âmbito do projeto de
ensino ”Imersão no Mercado Financeiro: Conectando Teorias e Práticas em
Ambientes Reais”. A atividade teve como foco o microcrédito produtivo e
orientado, modalidade de financiamento voltada ao fortalecimento de pequenos
negócios e iniciativas empreendedoras. A ação foi conduzida em parceria com a
Acrecid – Banco do Povo, instituição responsável por operacionalizar o
microcrédito em Rondônia há mais de 24 anos. Durante a imersão, os estudantes
tiveram a oportunidade de conhecer de perto todo o processo de concessão de crédito,
incluindo análise de perfil dos solicitantes, atendimento ao público, avaliação
de garantias, condições contratuais, taxas, prazos e as orientações específicas
prestadas aos microempreendedores. Organizados em duplas, os alunos
acompanharam os atendimentos realizados pela equipe técnica do Banco do Povo,
tanto em Porto Velho quanto em outros municípios do estado. Essa vivência
prática proporcionou uma visão mais concreta e aplicada dos conteúdos abordados
em sala de aula, sendo fundamental para a elaboração de um relatório técnico
reflexivo e fundamentado. A ação reforça o compromisso do IFRO com a formação
cidadã e profissional dos seus estudantes, ao mesmo tempo em que valoriza a
troca de experiências com instituições públicas que atuam diretamente no
fortalecimento da economia local.
Saiba mais: https://youtube.com/shorts/2aj98raIT-g
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Fecomércio-RO convida empresários para lançamento do Impostômetro em Porto Velho
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