Terça-feira, 16 de setembro de 2025 - 13h31

O Tarot é um dos
sistemas simbólicos mais complexos e enigmáticos do Ocidente esotérico,
reunindo elementos de misticismo, filosofia, psicologia e práticas divinatórias.
O Tarot Egípcio destaca-se pela iconografia repleta de hieróglifos, referências
mitológicas, religiosas, símbolos astrológicos e sigilos, evocando um
imaginário que remete diretamente ao Egito Antigo e divindades egípcias. Sua
origem remonta ao Egito Antigo, cujos registros são encontrados na Tábua de
Esmeraldas, o Livro de Hermes Trimegisto, e hieróglifos gravados no interior
das pirâmides e templos há mais de 6.000 anos. Segundo o Mago Papus, o Tarot
Egípcio está associado ao legado hermético e aos mistérios das escolas
iniciáticas ancestrais, relacionando-o às tradições da Cabala, Astrologia,
Numerologia e Alquimia. Acrescentamos ainda os significados simbólicos e
esotéricos das cores e figuras egípcias contidos nos arcanos maiores e menores
do Tarot. No campo prático, o Tarot Egípcio é usado tanto como instrumento de
predição quanto como ferramenta de autoconhecimento.
Guardando algumas
semelhanças com os tarôs de Marselha e o Rider-Waite-Smith, o Tarot Egípcio
contém 22 Arcanos Maiores e 56 Arcanos Menores. A peculiaridade das cartas
egípcias reside na riqueza iconográfica. Cada carta possui três níveis de
leitura simbólica — o número, o hieróglifo e a imagem central — compondo um
sistema múltiplo de predições juntamente com a simbologia astrológica. Os 22
Arcanos Maiores do Tarot Egípcio representam arquétipos universais, evocando
divindades, símbolos planetários, e referências às práticas mágicas egípcias. O
Arcano I – O Mago, por exemplo, simboliza o poder da vontade e da criação,
remetendo à figura do sumo sacerdote, capaz de dominar os Quatro Elementos da
Natureza – Terra, Fogo, Ar e Água. O Arcano II é o correspondente feminino do
Mago, remetendo à Lua, à imaginação e à fertilidade. Já o Arcano XIII – A
Morte, com sua simbologia de transformação, remete aos mitos de Osíris e à
ideia de renascimento espiritual. Os 56 Arcanos Menores, retratam os desafios,
êxitos e derrocadas durante a jornada no indivíduo ao longo da vida.
Enquanto no Tarot
Rider-Waite-Smith a leitura tende a ser mais psicológica e simbólica, e no
Marselha mais visual e tradicional, o Tarot Egípcio aproxima-se de uma leitura
hermético-astrológica, integrando diferentes correntes esotéricas em sua
estrutura. Assim, cada arcano é vinculado a signos, planetas e casas astrais,
permitindo uma leitura integrada entre os dois sistemas. O Arcano XVIII – A
Lua, por exemplo, conecta-se ao signo de Peixes e às ilusões do inconsciente,
enquanto o Arcano XIX – O Sol associa-se a Leão e à expansão da vitalidade e
clareza espiritual. Assim, o Tarot egípcio não apenas prevê, mas também revela
tendências cármicas e energéticas do consulente.
Além disso, a numerologia pitagórica permeia as cartas, reforçando a ideia de que o Tarot Egípcio é um “livro universal de símbolos”, inspirado no livro de Hermes, no qual o número é tão relevante quanto a imagem. Por exemplo, o Arcano VII – O Triunfo relaciona-se à vitória da vontade, em consonância com a simbologia do número sete como plenitude espiritual.

O Tarot nos conduz, lâmina após lâmina, desde a “Iniciação” representada pelo primeiro arcano, até o “Renascimento”, ou o despertar da consciência, simbolizado pelo arcano 78. Dessa forma, o Tarot Egípcio pode ser interpretado como um mapa iniciático, no qual cada arcano representa uma etapa da jornada espiritual do ser humano, desde a inconsciência do Louco (Arcano 0) até a plenitude do Mundo (Arcano 21). Assim, o Tarot Egípcio, com sua riqueza hermética, abre múltiplas portas de reflexão, autodescoberta e conexão com os mistérios da origem e existência humana.
Na adivinhação, ele auxilia a compreender o presente e projetar o futuro, oferecendo respostas a questões objetivas e subjetivas. No autoconhecimento, funciona como um espelho da psique, revelando padrões inconscientes e caminhos de desenvolvimento pessoal, em consonância com a psicologia analítica de Carl Jung, que via nos arquétipos uma chave para a compreensão do inconsciente coletivo.
Portanto, o Tarot Egípcio não se limita ao campo da adivinhação, mas integra astrologia, numerologia e mitologia, oferecendo uma abordagem complexa e profunda do Ser. Seu valor está tanto no aconselhamento oracular, voltado para o autoconhecimento, leitura de eventos passados e projeções futuras.
Estão abertas as inscrições no Colégio dos Magos e Sacerdotisas para o Curso de Tarot Egípcio, destinado a iniciados e tarólogos que queiram aperfeiçoar os seus conhecimentos herméticos.
Informações e inscrições: @colegiodosmagosesacerdotisas
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