Sexta-feira, 26 de setembro de 2025 - 17h24
Esta
semana, o público de Porto Velho tem a chance de vivenciar experiências únicas
por meio da arte rondoniense. O III Madeira Festival de Teatro apresenta
espetáculos gratuitos que dialogam com a realidade, despertam o imaginário da
plateia e provocam intensas emoções.
Na
terça-feira aconteceu a abertura oficial, com o espetáculo “Corpo-árvore –
entre raízes e folhas de memórias”. A performance da artista Andrea Melo,
acompanhada pelo músico Raoni, proporcionou ao público uma verdadeira
experiência sensorial. A plateia foi transportada para dentro de uma floresta
encantada, recriada no palco com um cenário natural repleto de folhas secas.
Além do encanto, a apresentação trouxe momentos de reflexão ao abordar temas
como ancestralidade, a exploração da floresta e as queimadas, que afetam
diretamente a saúde da população. No entanto, também deixou espaço para a
esperança, simbolizada na possibilidade de regeneração da natureza. Após a
apresentação, a equipe promoveu um bate-papo com o público, esclarecendo
dúvidas e compartilhando detalhes sobre a criação da obra.
Já na
quarta-feira, foi a vez de o riso e a emoção tomarem conta da plateia com o
espetáculo “Ensaio Geral”, de Klindson Cruz. Estudantes do
Instituto Federal de Rondônia (IFRO) participaram da sessão e se divertiram com
as trapalhadas do palhaço Pingo, que insiste em iniciar seu ensaio mesmo
sem a presença da diretora. O desfecho surpreendente emocionou os jovens, que,
ao final, aplaudiram de pé e compartilharam suas impressões sobre a
apresentação.
Encerrando a programação de quarta-feira, aconteceu a mesa de debate “Teatro Amazônico: Resistência, Identidade e Novos Caminhos de Criação”, mediada por Negra Mari e com a participação das convidadas Victoria Barreto, Amanara Brandão e Gisele Stering. O encontro promoveu uma reflexão sobre o cenário cultural e o fazer artístico na Amazônia e em Rondônia, destacando os desafios e conquistas e possibilidades de desenvolvimento profissional para quem deseja investir na carreira artística.
As falas das convidadas revelaram suas trajetórias pessoais e artísticas, evidenciando como cada uma se relaciona com a arte e quais caminhos profissionais podem ser trilhados a partir dela. A troca de ideias mostrou não apenas a diversidade de experiências, mas também a força transformadora da arte como instrumento de resistência, identidade e criação.
Encerramento
A programação do III Madeira Festival de Teatro encerra nesta sexta-feira com o espetáculo Já Passa das Oito com o Grupo Wakanbuki. Além da apresentação também serão revelados os melhores do Festival e quem será homenageado com o Prêmio Xuluca, em reconhecimento a contribuição a arte cênica rondoniense.
O III Madeira Festival de Teatro é realizado pela Nzinga Produções, com coordenação geral Negra Mari. O projeto conta com patrocínio do Banco da Amazônia, por meio do Edital Rouanet Norte.
O evento oferece acessibilidade em Libras e contará com uma equipe de monitores preparada para orientar e auxiliar o público.
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