Quarta-feira, 22 de outubro de 2025 - 09h35
Em meio aos sons da floresta urbana de Porto Velho,
uma jovem transforma o silêncio em arte. A Ascensão da Cigarra, curta-metragem
dirigido e roteirizado por Ana Clara Ribeiro, estreia no dia 29 de outubro, no
Teatro Banzeiros, com sessão gratuita e acessibilidade com debate da equipe ao
final. A obra convida o público a uma imersão sensorial sobre o poder da
escrita e da criação como caminhos de resistência e renascimento.
A protagonista, Tistica, sobrevive redigindo textos
para funerárias em meio a pandemia. Sozinha, diante da tela do computador, ela
enfrenta memórias do passado e busca erguer, simbólica e fisicamente, a própria
coluna. Inspirado no ciclo vital das cigarras — que passam anos sob a terra
antes de emergirem por apenas duas semanas na superfície — o filme transforma
esse fenômeno natural em metáfora da existência, da criação artística e da
persistência da vida.
Para a diretora e roteirista Ana Clara Ribeiro, A Ascensão da Cigarra tenta filmar o processo invisível da descoberta de uma artista. “O curta entrelaça ficção, performance e animação para construir uma experiência sensorial. Através da figura feminina que habita o espaço-tempo da metamorfose, o filme evoca o silêncio das raízes e a explosão sonora da superfície, numa jornada que atravessa o desconhecido.”
Misturando ficção, falso documentário, imagens de arquivo e animação, o filme constrói uma experiência visual e emocional que atravessa o espectador. As lembranças, sons de cigarras e gestos de Tistica revelam uma Amazônia interior: o território sensível, onde a dor se transforma em linguagem.
Realizado com uma equipe majoritariamente feminina e diversa, formada por mais de 25 profissionais de Rondônia, o curta reafirma o papel das mulheres na produção audiovisual amazônica. “Um lembrete de que a arte, quando investigada no subterrâneo da gente, tem o poder de nos fazer ascender”, explica Ana Clara Ribeiro.
O projeto A Ascensão da Cigarra foi contemplado na linha Bolsas para Artes em Vídeo do Edital 001/2024 – SEJUCEL/SIEC – Lei Paulo Gustavo (projeto original A pele do filme), com classificação indicativa de 12 anos. Realizado com o apoio da Lei de Incentivo à Cultura, o curta-metragem tem como objetivo valorizar talentos locais, fortalecer o protagonismo feminino e promover um cinema amazônico diverso, inclusivo e representativo.
Direção e Roteiro: Ana Clara Ribeiro
Elenco: Amanara Brandão
Produção Executiva: Val Barbosa e Ana Clara Ribeiro
Direção de Fotografia: Rafaela Correia
Desenho de Som, Mixagem e Trilha Sonora: Verônica Brasil
Animação: Vitória Morão, Amanda Trindade e Ana Clara Ribeiro
Montagem: Isadora Boschiroli
Direção de Arte: Babi Targino
Assessoria de Imprensa: Cammy Lima
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