Sexta-feira, 11 de julho de 2025 - 14h22

Localizado
na esquina da Rua Jacy-Paraná com Brasília, no bairro Santa Bárbara, o Bar do
Calixto é, hoje, um marco histórico e cultural da capital rondoniense. Fundado
em 1971 por Francisco Joaquim Calixto, o “seu Calixto”, o estabelecimento
começou como mercearia/taberna e rapidamente se consolidou como reduto de
boêmios, sambistas, poetas e compositores.
Reconhecido
oficialmente como Ponto Cultural e patrimônio
imaterial de Porto Velho, o bar abriga tradições como os projetos “Samba
Autoral” e “Quinta da Santa” – este iniciado em 1998 – além de gerar inspiração
para eventos populares como o Bloco Calixto & Cia e o Pagode dos Amigos.
Em julho de 2025, denúncias infundadas relacionadas a “poluição sonora” e
interesses comerciais em conflito provocaram uma intervenção policial no Bar do
Calixto. Viaturas fortemente armadas chegaram ao local, em cumprimento de
ordens superiores, desligaram equipamentos e dispersaram o público – episódio
classificado como desproporcional pela comunidade cultural.
A ação
provocou imediata revolta entre artistas, frequentadores e simpatizantes da
música popular brasileira e samba, que viram na mobilização – tanto judicial
quanto popular – a defesa da identidade cultural portovelhense. A hashtag
“#DefendaOCalixto” tomou conta das redes e a classe artística anunciou
protestos e ações em defesa do local.
Afastadas
as acusações, a mobilização atingiu o ápice quando o Prefeito Léo Moraes,
inquieto com a polêmica, solicitou esclarecimentos ao secretário do Meio
Ambiente, Vinícius Miguel. O resultado foi a constatação de que o bar operava
dentro das normas legais, sem causar poluição sonora além do permitido.
Sensibilizado,
o prefeito determinou a imediata flexibilização da medida de suspensão,
justificando a decisão como um ato de proteção à
memória cultural, identidade e afeto pela Música Popular Brasileira,
especialmente o samba. A decisão foi celebrada por frequentadores, artistas e
pelo setor cultural da cidade.
Em
fevereiro de 2025, o Bar do Calixto foi palco de mais um “esquenta”
carnavalesco, desta vez promovido pelo renomado Bloco Pirarucu do Madeira. O
evento, promovido em 4 de fevereiro às 20h, uniu frevos, carimbós, marchinhas e
axé music, homenageando a figura icônica da “Bailarina da Praça” – símbolo de
resistência artística urbana. Este episódio reforça não apenas o valor
simbólico do local, mas também seu papel ativo na difusão da cultura popular
porto-velhense.
• Tradição e história: 54 anos de história, desde sua origem como mercearia até se tornar referência cultural.
•    Projeto e promoção cultural:
abriga iniciativas como o Samba Autoral e inspira blocos e rodas de samba.
•    Relevância social: mobilização popular ativa; público
sensível ao papel do local como espaço democrático de convivência e arte.
•    Valorização institucional:
proteção legal garantida através de reconhecimento público e apoio
governamental.
O Bar
do Calixto segue de portas abertas como bar e restaurante, funcionando
fortalecido após o episódio de suspensão, além de fornecer um cardápio variado
de comidas típicas durante o almoço de Terça a Domingo, sua programação
cultural com SAMBA funciona Quinta e Sexta–Feira a partir das 20h até as
23h30min; No Sábado e Domingo inicia-se às 17h e vai até as 20hs. Antes do
Samba tem inúmeros artistas regionais renomados que se apresentam no local,
tocando o melhor da MPB. Esse Ponto de Cultura local demonstra o elevado a
exemplo de luta cultural, resistência cidadã e celebração da genuína
brasilidade presente no samba, pagode e MPB. Mais que um local de encontro, é
um capítulo vivo da história de Porto Velho — preservado por leis, Fé, corações
e acordes.
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