Terça-feira, 18 de novembro de 2025 - 11h25

O distrito ribeirinho
de Nazaré, no Baixo Madeira, em Porto Velho (RO), se transformou no cenário da
fictícia Comunidade de Paraíso, onde foi rodado o longa-metragem “A Paleta da
Alma”, uma produção enraizada na identidade amazônica. A obra é uma das 04
(quatro) primeiras ficções de longa-metragem do estado de Rondônia e foi
viabilizada por recursos da Lei Paulo Gustavo, que tem sido determinante para o
surgimento de uma nova geração do cinema amazônico.
Segundo o diretor, Édier William, apesar de contar com um orçamento modesto para a dimensão de um longa-metragem, a produção enfrentou os altos custos de logística da região amazônica: transporte por barco de equipamentos e pessoas, alimentação em áreas remotas, estrutura de base montada na floresta e o necessário envolvimento com as dinâmicas comunitárias. Ainda assim, as filmagens da obra foram marcadas por estratégias sustentáveis e pela forte presença da comunidade local em todas as etapas do processo.
Um cinema feito por rondonienses

“A Paleta da Alma” é um filme genuinamente de Rondônia, todos os cabeças de equipe são do estado: direção, produção, fotografia, arte, som e roteiro, compondo um time técnico que prova que Rondônia tem profissionais prontos para realizar obras de grande impacto. O elenco também é 100% rondoniense, trazendo para a tela a potência interpretativa de artistas que carregam as vozes, os corpos e as vivências do Norte.
A narrativa do filme se firma nos conflitos cotidianos das populações ribeirinhas, atravessando temas como ancestralidade, fé, preconceito, ecologia, afetos e resistência, com destaque para personagens e simbologias que nascem da própria floresta. A obra também evoca a diversidade de corpos e existências, trazendo pessoas LGBTQIA+ tanto no elenco quanto na equipe técnica, reafirmando o compromisso da produção com a representatividade e o enfrentamento das violências simbólicas e estruturais.
Nazaré: uma locação e uma aliada

De acordo com um dos Produtores Executivos, Chicão Santos, mais do que utilizar a comunidade de Nazaré como cenário, a produção buscou integrar a população local como parte ativa do processo cinematográfico. Diversos moradores aturam diretamente na equipe de produção e arte, contribuindo com saberes, força de trabalho e criatividade. Com isso, a economia local foi movimentada, gerando renda direta e indireta para dezenas de famílias. Foram gerados mais de 300 postos de trabalho diretos.
As filmagens aconteceram durante 30 dias entre setembro e outubro e o filme tem previsão de ser concluído em meados de 2026. Atualemnte o filme encontra-se na etapa de pós produção. A previsão de finalização é para o segundo semestre de 2026.
“A Paleta da Alma” foi selecionado no Edital 11/2024/Sejucel/Siec/Lei Paulo Gustavo, temprodução Zenital Produções e realização do FEDEC, SEJUCEL, Governo de Rondônia, Ministério da Cultura e Governo Federal.
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