Sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015 - 21h15
Separei sete romances:
1. Expresso do Oriente: de Grahan Greene.
2. A última torre: Walter Scott.
3. Risíveis amores: Milan Kundera.
4. Náufragos do passado: Jocelyn Haley.
5. A filha do reverendo: George Orwell
6. O fiel e a pedra: Osman Lins.
7. Paris é uma festa: Ernest Hemingway.
É uma pequena listagem, mas que lhe dará bastante trabalho e – espero – prazer literário. São autores diversos, qualidade alternada e estilos muitos diferentes. Até antagônicos. Imagine-se comparando Hemingway e Orwell ou Grenne com Kundera.
Em todo caso, hoje vi os livros na mesa da cozinha. Ela começara a leitura pelo Walter Scott, apenas porque era o primeiro da pilha. De passagem para tomar água – escassa por aqui –, não sei explicar como se deu, mas fui tomado por irresistível curiosidade. Daquele tipo que põe o gato no telhado.
Não pensei, apenas espalhei os livros pela mesa e fiquei olhando seus autores, títulos, cores, tamanhos e formatos tão díspares. Alguns já li, e faz tempo. Nada me importava naquela hora. Somente uma fixação que durou segundos. Mecanicamente, olhava-os, como se procurasse por algo escondido em cada um. Não pensava adequadamente ou racionalmente sobre o que fazia. Tomava água e olhava. O que estaria ali, que não via de forma clara?
De repente, do nada, fui mudando a ordem aleatória que havia distribuído anteriormente. Em segundos, estavam um ao lado do outro, mas com uma lógica novíssima. Aliás, sem serventia alguma. Mas, estavam ali, alinhados, contando-me outra versão dos fatos. Na verdade, arrumados de alguma forma, os títulos me deram outra história. Olhei e dei risada desse ócio criativo – assim mesmo, sem finalidade, a não ser aquela que nos entretém quando somos curiosos e criativos.
Fui chamá-la para ver minha história personalizada. Quando ela viu os livros todos espalhados já fez aquela cara. Mas, sentou-se de frente para a fileira de livros que cobria a mesa. Olhou-os, leu os títulos mentalmente e me olhou. Nessa hora, narrei a história que se fizera do acaso. Ficara assim:
“Paris é uma festa, mas como tudo tem o fiel e a pedra. Ali, fugindo de seus náufragos do passado, e à procura de novos risíveis amores, a filha do reverendo pegou o Expresso do Oriente para chegar à última torre”.
O que aprendi nessa estranhíssima experiência é que, na vida, nem tudo precisa ser útil. Assim como a literatura deve ser lida desinteressadamente – e não apenas de forma utilitária, para passar em vestibular ou para recitar a sapiência aos amigos/inimigos –, muitas coisas bem simples podem aproximar pessoas, e sem interesses ocultos.
Rimos e cada um voltou a fazer o que queria. Eu alimentei os peixes e vim descrever minha proeza.
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