Terça-feira, 8 de outubro de 2013 - 06h01
No tempo da democracia para muitas coisas, alguns ou muitos pontos estão soltos. Por definição, sou mais democrata do que liberal e mais republicano do que democrata. No geral, defendo a democratização das instituições públicas e dos institutos que, teoricamente, organizam a vida comum do homem médio.
Para muitas questões, creio mesmo, deveríamos aplicar a tecnologia já conhecida para incrementar a democracia política. Um desses debates seria, por exemplo, acerca do quantum de energia e de economia aplicaríamos na educação pública. Mas, que fossem recursos aplicados de forma a desenvolver o conhecimento (o que antigamente se chamava de “conteúdo”) – que os recursos não fossem utilizados para o marketing juvenil, como unicamente a compra de equipamentos X ou Y a fim de manter jovens “plugados”. Mesmo porque este é um erro crasso, juvenil, ao se confundir conhecimento com técnica, conteúdo com forma. É certo que não existe conteúdo sem forma, mas é ainda mais certo que a forma não revela, não educa.
Aliás, em meio a um desses plugs é que se inventou a eleição direta para diretor de escola. Não sei dizer se na origem da ideologia já havia o populismo e a demagogia, ou se a proposta foi demonizada depois; porém, o resultado mostra que o povo é ludibriado em mais uma artimanha de aproveitadores da coisa pública.
Um em cada cinco diretores de escolas públicas no país é alçado ao cargo por políticos[...] A indicação política afeta a rotina das escolas, segundo associações de professores de seis Estados ouvidas pela reportagem. Os relatos citam escolas divididas por partidos, perseguições políticas, dificuldade para aprovar pedidos e falta de integração com a comunidade[1].
É óbvio que a mesma realidade seria verificada se aprovassem a eleição direta para os gestores da universidade pública. Não se tem conhecimento aprofundado, mas a forma de governo que rege a universidade é a meritocracia e não a democracia. O objetivo da universidade é produzir o conhecimento que possa ser universalizado, por óbvio, e não a moeda de troca das relações políticas comezinhas.
Como se trata de mérito, o candidato a diretor ou reitor da universidade deve ser, no mínimo, doutor. Por que? Porque se admite que a autonomia diante do conhecimento só se dá após este processo de maturação intelectual, cognitiva. Nesta fase, sem recair nas tolices de certo positivismo, pode-se dizer que o sujeito é capaz de controlar o objeto do conhecimento: não se confunda objetividade com neutralidade. Em tese, é o professor doutor que administra o conhecimento com maior profundidade e isenção.
Considera-se, portanto, que o professor doutor é o cidadão da universidade e isto é o que não permite a paridade no processo decisório no âmbito da universidade pública. Diante do conhecimento, é supérfluo o grito individualista da democracia formal de John Lo> Vinício Carrilho Martinez
Professor Adjunto III da Universidade Federal de Rondônia - UFRO
Departamento de Ciências Jurídicas/DCJ
Pós-Doutor em Educação e em Ciências Sociais
Doutor pela Universidade de São Paulo
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