Quarta-feira, 14 de agosto de 2013 - 11h11
Uma das regras básicas da democracia é a alternância no poder. Outro princípio elementar alerta para o necessário pluralismo político. Somando as duas orientações, temos uma conclusão óbvia: não basta haver troca de governantes – e olhe que isso já foi maculado com a reeleição –, é preciso alternar o grupo, o partido, o centro de interesses que arregimenta o poder.
Neste sentido, para as eleições de 2014, penso que o ideal para a democracia, para o Brasil e, sobretudo, para os brasileiros, seria alternar o PT com o PSDB, ou seja, o PT sairia da Presidência e o PSDB (depois de décadas) deixaria o comando do Estado de São Paulo. O pior cenário seria o PT acumular o governo do Estado mais rico do país, assim como se o PSDB viesse a somar a Presidência ao governo de São Paulo.
Outra obviedade recomenda dividir o poder para assegurar a democracia, a liquidez política e ética, e para garantir que as próximas eleições não seriam manipuladas por uma única fonte de poder. É preciso dividir para dominar, mas neste caso seria para dividir o poder que nos quer dominar. É uma regra de autocontenção do poder político.
No fim das contas ainda ganhamos com o fortalecimento da relação situação/oposição e com nova identificação partidária dos eleitores, porque a troca de posição entre PT e PSDB obrigaria a que os dois partidos se reinventassem, a fim de assegurar as novas conquistas. Sem contar, ainda, que ambos seriam perdedores e vencedores, ao mesmo tempo, e a derrota (mesmo que haja conquistas) sempre liga o sinal de alerta.
De qualquer modo, a tal reforma política, se vier a ocorrer, deve incluir – como regra ética da política – o fim do instituto da reeleição. Além dos vícios históricos que pululam na cultura política, desde FHC, temos de sobreviver à enorme concentração de poder e manipulação da máquina pública em prol de interesses particulares. Invertendo-se os partidos, o eleitor poderá dar início à pretendida reforma política.
Vinício Carrilho Martinez
Professor Adjunto III da Universidade Federal de Rondônia - UFRO
Departamento de Ciências Jurídicas/DCJ
Pós-Doutor em Educação e em Ciências Sociais
Doutor pela Universidade de São Paulo
É certo que cada leitura fará seu leitor, leitora, encontrar respostas as mais diversas, a depender da visão de mundo, dos interesses e motivações
Antropologia Política do Virtual - o fim da inteligência social
É fato que, ao longo dos séculos, alguém sempre apontou para o Armagedon – e a Segunda Grande Guerra, com o implemento da Bomba Atômica, seguindo-se
Tenho lembrado muito do isolamento. E que se impôs como nosso isolamento. - como ironia radical, o que nos trouxe, nos levou. Mas somos melhores do qu
Não fiquei bonzinho - nem na casa da vovó
Quando você cuida da sua gata na pandemia, e a gatinha de 4 patas exige ser a dona da casa você aprende algumas coisas. A primeira e muito óbvia diz