Quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013 - 05h29
No Brasil, a educação é realmente bárbara, mas não como excepcional, apenas bárbara, de barbárie. Nunca teremos um país diferente, com relatos como esse aí de baixo:
“O ambiente escolar me dá fobia, taquicardia, ânsia de vômito. Até os enfeites das paredes me dão nervoso. E eu era a pessoa que mais gostava de enfeitar a escola. Cheguei a um ponto que não conseguia ajudar nem a minha filha ou ficar sozinha com ela. Eu não conseguia me sentir responsável por nenhuma criança. E eu sempre tive muita paciência, mas me esgotei.”[1]
Se a educação tem o poder de transformar uma realidade comum, como ocorreu com inúmeros países – Coreia, Cingapura, Taiwan, Hong Kong –, é óbvio, esta mudança também pode ser infeliz. Muita coisa já foi feita, mas enquanto fizermos de conta, com o jeitinho brasileiro, os professores adoeceram e, só, cuidaram de sua saúde – e não da educação.
É certo que isto ocorre mais em escolas públicas de periferia, no ensino médio, mas conheço professores universitários que foram ter últimas conversas com alunos no pátio de estacionamento – aqui em Porto Velho e há pouco tempo. Sinceramente, quando leio algo assim, penso que estamos num beco, cercados por ratos, com água podre até os joelhos.
Não dá para lavar as mãos, é pegar ou largar. Hoje, para o bem ou para o mal, de todos os brasileiros (com exceção dos que podem estudar na Suíça), é tudo ou nada. Ou aprendemos o caminho para a modernidade ou estagnamos e até retroagimos. A janela da sorte é agora!
Vinício Carrilho Martinez
Professor Adjunto II da Universidade Federal de Rondônia
Departamento de Ciências Jurídicas
Doutor pela Universidade de São Paulo
[1]http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2013-02-06/pesquisador-afirma-que-estrutura-das-escolas-adoece-professores.html
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