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Silvio Persivo

Yes, nós temos cinema


Yes, nós temos cinema - Gente de Opinião

Bem gostar de cinema sempre foi na minha vida uma questão de entretenimento, prazer e arte. Havia, próximo da minha casa, na Rocha Lima, em Fortaleza, um cinema do bairro, o Cine Ceará, que apresentava filmes maravilhosos como os de Carlitos, as séries de Charles Chan, Hopalong Cassidy e Zorro, imperdíveis. Na juventude, também o grande programa era colocar um terno para ir assistir, o que fiz com clássicos como “Al di lá” ou “Marcelino Pão e Vinho”, no Cine São Luiz na Praça do Ferreira. Impossível lembrar de todos os filmes maravilhosos que assisti, porém inesquecíveis, por seus enredos e atores, foram “Queimada”, com Marlon Brando ou “O Poderoso Chefão” só para falar dos mais recentes e não poderia deixar de citar “Casablança”- só para ilustrar porque os bons filmes pululam na minha mente, inclusive alguns complexos como “A Bela da Tarde” ou “Blade Runner”. Mas o real motivo para falar de cinema são os vencedores da competição de curtas-metragens nacionais do 51º Festival de Cinema de Gramado, que foram anunciados na última sexta-feira (18) no Palácio dos Festivais. O prêmio de melhor filme foi para “Remendo”, produção realizada em Vila Velha, no Espírito Santo, com direção de Roger Ghil.  A meu ver deve ter ganho por sua originalidade por que se trata de uma colagem, sim de notável inventividade visual e formal, todavia é uma tentativa de construir novas narrativas. Porém, minha atenção se centrou no cinema por causa do curta rondoniense “Ela Mora Logo Ali”, que conta a história de um humilde e ambulante vendedora de bananas fritas, de uma cidade da região da floresta amazônica, que conhece uma jovem leitora no ônibus no caminho de volta para casa. A partir desse momento, a vendedora inicia uma jornada de descobertas, sonhos e o desafio de encontrar o livro preferido de seu filho. É sim uma história simples, bem amazônica, porém feita com o carinho, o zelo e o talento de artistas nossos. Como um adepto, autor de e-book e incentivador da Economia Criativa, sempre coloquei fé no talento local e fico imensamente feliz com o fato de que o Prêmio do Júri Popular foi dado à “Ela Mora Logo Ali”, mas, mais ainda, com os Kikitos que ganharam, com justiça, Fabiano Barros e Rafael Rogante pelo roteiro e, entrei quase em estado de júbilo, por nossa querida amiga, Agrael de Jesus, uma pessoa maravilhosa, ter ganho o prêmio de melhor atriz! Ou seja, Rondônia, com um curta, feito sem apoio, conseguiu abocanhar 3 kikitos em Gramado este ano! Aplausos mil para os ganhadores e também para todos os que participaram da produção. Mostram que Yes, sim nós temos cinema. E da melhor qualidade!!!

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