Terça-feira, 16 de outubro de 2018 - 18h24
A primeira pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada na segunda-feira, 15, confirmou o que as outras existentes já afirmavam: Bolsonaro aumentou a distância em relação ao seu adversário. Mas, os 59% das intenções de votos de Jair Bolsonaro (contra 41% de Haddad), considerando-se apenas os votos válidos, uma diferença a favor do candidato do PSL expressiva de 18% de vantagem pode ainda aumentar muito mais. É o que mostra a pesquisa Datafolha de 10 de outubro, onde Bolsonaro obteve 58% das intenções de voto, enquanto que para Haddad este número foi de 42% e apontava que a rejeição a Haddad agora é muito maior do que a de seu adversário: 47% dos pesquisados afirmam que não votariam nele em hipótese alguma enquanto que para Bolsonaro a rejeição foi de 35%. Este é um indicador que a campanha eleitoral em rádio e televisão de Bolsonaro está sendo mais eficaz do que Haddad em provocar o aumento da rejeição do concorrente.
Isto em grande parte porque Bolsonaro está sendo beneficiado por dois fenômenos conjuntos: 1) O PT optou por uma campanha de ataque ao que considera pontos negativos do seu concorrente e taxando-o de fascistas; 2) Há um grande sentimento antipetista e anti-Lula que, segundo pesquisa, dois terços dos brasileiros desejam que continue preso. A pecha de fascista em Bolsonaro parece muito pouco eficaz. Afinal se trata de um nome que, no primeiro turno, recebeu 49 milhões de votos e, como a insensatez do ataque se espalha, nas mídias sociais se torna mais negativo ainda com os petistas convictos tachando os eleitores de Bolsonaro de fascistas. É muito fascista no Brasil inteiro pelo visto. Só aumenta a rejeição ao PT e ao seu candidato.
Também o PT não desce do salto alto e não fez o seu “mea culpa”, apesar de toda a sua direção já ter experimentado a cadeia. Neste ponto, o senador eleito, Cid Gomes, detonou uma crítica que foi contundente: o PT agia como se fosse “dono do Brasil” e o Brasil é, de fato, um país complexo. Nem mesmo adiantou a retirada de Lula das imagens e a mudança nas cores, eliminando o tradicional vermelho do PT e adotando o verde-amarelo, a marca negativa do partido, pois, como também adotou uma agenda onde as propostas de governo continuam sendo vagamente expostas ( o que também acontece com Bolsonaro) as campanhas investem nos conflitos no campo moral e cultural, que sempre foi o forte do populismo no PT, porém, que, agora, parece Bolsonaro e sua equipe têm aplicado esta técnica com muito mais eficácia. Nada parece mover as tendências, o que favorece Bolsonaro, principalmente, porque se persistem estas condições, é provável que o capitão deve vencer a corrida presidencial com uma ainda mais larga margem de vantagem. De vez que, dada a expressiva diferença de votos em favor de Bolsonaro que não foi captada pelos institutos de pesquisa, tudo leva a crer que parece haver muitos eleitores que evitam declarar publicamente sua opção por Bolsonaro, mas, são votos que podem produzir uma vantagem numérica ainda maior. O primeiro turno mostrou isto concretamente e, com o pouco tempo existente, e a mais completa falta de opções no quadro atual, onde são limitadas as chances de mudança, tudo indica que Bolsonaro deve vencer com uma diferença muito maior.
(*) É Doutor em Desenvolvimento Sustentável pelo NAEA/UFPª e Professor de Economia Internacional da UNIR.
O Manchester City herdou o sobrenatural de Almeida
O futebol, hoje, como todas as coisas é globalizado. É verdade que, até por uma questão econômica, a Europa apresenta-se como num patamar superior,
Livro inédito sobre Elon Musk é um convite para pensar sobre nossas convicções
Há certas pessoas que são impossíveis, se goste ou não, de ser ignoradas pela diferença que fazem no seu tempo. Um César, um Alexandre, um Napoleão,
Gefion: o supercomputador que está transformando a inovação
Você já ouviu falar no Gefion? Ele é o primeiro supercomputador da Dinamarca, e uma verdadeira potência tecnológica! Inaugurado em 23 de outubro de
O Impacto Negativo da Instabilidade Jurídica no Crescimento Econômico Brasileiro
No cenário atual, fica cada vez mais evidente que muitas autoridades e políticos parecem não entender o que realmente significa ter um negócio ou in