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Silvio Persivo

Uma volta para ser esquecida


A Colômbia voltou a manter o seu padrão de jogo com muito toque de bola e rapidez nas jogadas de área, porém, mesmo assim encontrou o Uruguai bem postado, um time que tem as características de jogar retrancado, daí, que, apesar de ser melhor, não conseguia muito sucesso com o seu jogo coletivo. Até sair o gol de James Rodriguez, aos 27 minutos, não se havia visto nenhuma jogada que se pudesse classificar de perigosa. Foi o brilho do camisa 10 colombiano, que, mais uma vez, fez a diferença, pois, dominou a bola no peito, ajeitou e soltou uma bomba com a bola batendo no travessão para entrar sem que Muslera pudesse fazer nada. Obrigado a ir buscar o empate o Uruguai se mandou e, numa cobrança de falta de Cavani, aos 32, quase empatou com a bola passando próxima, e por cima, do gol colombiano. O jogo, no entanto, ficou truncado até o final do primeiro tempo quando um chute de Stuani, que Ospina espalmou para escanteio, quebrou a monotonia.

Era de se esperar que o Uruguai voltasse com disposição para virar o jogo. Pode até ter tido a intenção, contudo, aos quatro do segundo tempo, Armero lançou Cuadrado na área. O atacante cabeceou para trás colocando James Rodriguez, novamente ele, bem colocado na pequena área, para somente empurrar para o fundo das redes. Uma jogada espetacular que coroava o bom futebol de que se transformava, com o seu quinto gol, no artilheiro isolado da Copa. O Uruguai partiu para o tudo ou nada. E, mesmo sem inspiração, sentindo a falta de seu matador Suárez, tinha maior dificuldade ainda de ser efetivo. Se bem que, mesmo assim, aos 18, Cristian Rodriguez chutou de fora da área para parar em Ospina. E não foi diferente quando, aos 32, Maxi Pereira chutou na saída de Ospina, que voltou a pegar. Seis minutos depois, Cavani bateu da entrada da área, rasteiro, e o goleiro colombiano fez outra bela defesa. E, por mais que Tabarez tentasse uma forma do Uruguai ficar mais rápido e mais ofensivo suas estratégias paravam no maior domínio da bola do time colombiano que contou com mais uma bela atuação de James Rodriguez, um meio-esquerda clássico e de habilidade, muito ajudado por Cuadrado e Zuñiga, e pela também grande atuação de Ospina. Com o resultado a Colômbia é o próximo, e difícil, adversário do Brasil. E o Uruguai voltou ao Maracanã para ser eliminado. O palco das glórias antigas foi o carrasco das pretensões do Uruguai que ainda teve de amargar um desempenho medíocre de uma das suas grandes estrelas. Fórlan, que foi o melhor jogador da Copa passada, se despediu melancolicamente sem mostrar nem sequer lembrança do seu brilhante futebol que fez uma imensa falta ao time celeste.  A volta do Uruguai ao templo do futebol somente há de ser lembrada pela festa amarela dos colombianos com seus dois belos gols. Para o Uruguai é uma página a ser virada e esquecida.

Fonte: Blog “Um Estranho no Ninho” (spersivo.blogspot.com.br).

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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