Quinta-feira, 13 de setembro de 2007 - 12h53
Só há um dado que é pior para o país do que a absolvição de Renan Calheiros: é, sem dúvida, a normalidade com que o resultado foi encarado e a falta de vergonha dos principais atores. Desde que filmaram Waldomiro Diniz, um assessor de Zé Dirceu, próximo de Lula da Silva, pedindo propina para bicheiro, que a norma tem sido a da mais completa impunidade coberta pelo argumento petista de que tudo é somente caixa 2 eleitoral e que, no fim, todos são iguais, daí que ninguém tem mais ética do que o nosso operário presidente que, no entanto, somente se sustenta com o apoio dos que, ontem, execrava públicamente como o próprio Renan, Sarney, Jader Barbalho, Orestes Quércia e tantos outros.
Neste sentido a salvação momentânea de Renan se constitui apenas numa reprise da gigantesca pizza servida pelos poderes desde 2005, quando permitiram que o presidente Lula da Silva escapasse impune do escândalo do mensalão, sem tentar seriamente o impeachment, malgrado a fartura de evidências de sua responsabilidade por práticas delituosas, seja como mandante ou omisso. Neste sentido a não condenação de Calheiros segue a lógica do próprio presidente que, em tempos passados, no começo da crise, afirmou que a primeira mentira exige outras, mais outras e outras até que já não se possa mais cobrir o descalabro que as sucessivas mentiras provocam. Assim, na verdade, o caso Renan é apenas uma reprise, uma repetição das mesmas práticas, inclusive com muitas das mesmas pessoas, pois salta aos olhos que a política foi reduzida a um círculo no qual os fins justificam os meios e os interesses particulares e imediatistas são sempre colocados acima de qualquer interesse público.
O mais triste ainda é verificar que a sustentação dos interesses de um grupo partidário é feita com a benção de banqueiros, rentistas e grandes empresários em detrimento do futuro do país e da maioria dos brasileiros que são condenados à perpetuação da desigualdade por um esquema que utiliza uma roupagem de esquerda e social por meio de um assistencialismo que mitiga, hoje, a subnutrição de milhares sem lhes proporcionar capacidade de obter uma existência digna. O episódio Renan Calheiros somente expõe que os membros do Executivo e Legislativo, em sua maioria, são cúmplices deste estado de coisas e não possuem a menor vergonha de posarem para fotos como marionetes de um governo que não oferece nenhuma opção, exceto o agravamento da doença. Infelizmente se há uma derrota, se houve uma derrota, esta foi da vergonha e do Código Penal.
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