Segunda-feira, 13 de dezembro de 2021 - 09h47
Não
há, como algumas vezes, por diletantismo ou especulação, não pensar em como se
comportariam certos personagens no mundo moderno. Deveria, por exemplo, para
Aristóteles ser um prazer constatar que sua tese de que se deveria rejeitar, o
que seu mestre Platão aceitava, a comunidade de bens por considerá-la injusta
por não compensar o indivíduo segundo o seu trabalho (ainda que, hoje, a noção
de trabalho esteja tão distante do que foi). Para o filósofo os indivíduos não
são iguais, portanto não deviam ter a mesma participação na posse dos bens,
daí, que a comunidade acabava produzindo mais conflitos do que a desigualdade
em si. Segundo ele, o indivíduo devia preocupar-se mais com o que lhe pertence
(um pensamento que a juventude atual aprovaria ou, pelo menos, se comporta
desta forma) e não com a partilha dos bens existentes. A conclusão dele serve,
muito bem, para a Alemanha comunista, para Cuba ou para a dissolução da antiga
União Soviética, pois, segundo ele, a comunidade, ao desestimular a
propriedade, produz a pobreza. Fiquei pensando a este respeito, as ideias do
passado, do muito passado, aliás, pelo olhar tristonho que tenho sobre o
presente. A incerteza que nos cerca é mais fruto do apego ao passado do que
pensar no futuro. O mundo caminha, cada vez mais, para a que chamamos de Nova
Economia, onde as pessoas serão retribuídas conforme sejam capazes de empreender,
de criar novos processos, novas formas de gerar valor, uberização em larga
escala também e disseminação de novas empresas e de inovação. É preciso
urgente, para o Brasil assumir seu destino de grande nação, terminar com os
subsídios, o apadrinhamento dos grandes oligopólios, a falta de transparência,
se ter a mão protetora do estado dizendo quem ganha e quem perde, quem pode ou
não fazer algo, diminuindo o peso sobre o setor privado. É preciso que as
pessoas compreendam que os tempos mudaram. Que somente se sustentam os direitos
que tem substrato econômico e os empregos que geram valor. Há, no nosso país,
um monte de empregos dispensáveis, que elevam os custos das mercadorias e será
natural que desapareçam. Não é ruim que o estado sustente os que não tem como
sobreviver, que dê auxilio emergencial, mas, é preciso entender que isto é
fruto de uma questão excepcional: as restrições da pandemia. Porém, isto, aí o
grande mérito do governo atual, foi feito com controle dos gastos públicos e,
pela primeira vez, desde 2003 se pode ter um superávit das contas públicas.
Enfim,
o que quero dizer é que, apesar das velhas ideias que nos dominam, e a imensa torcida
do contra, Adam Smith, se pudesse olhar o presente do Brasil, nem teria a visão
da mídia e da oposição de que tudo está ruim e, certamente, seria mais otimista
do que sou. Deve ser a questão de que, de alguma forma, já acreditei que o
governo poderia criar desenvolvimento. Hoje sei que, apenas, pode não
atrapalhar. Que 2022 torne as opções mais claras, se isto for possível.
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