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Gente de Opinião

Silvio Persivo

Um empate em temperatura alta


Com um calor de 30 graus Alemanha e Gana foi um jogo que, de fato, ferveu e estabeleceu a regra de que o Castelão não dá muita sorte para os times campeões do mundo. Evidentemente que o time alemão era favorito, mas, em futebol isto somente se confirma no campo ainda mais numa Copa caracterizada por surpresas. Como é normal quando há um desnível de qualidade técnica se esperava que os africanos não tivessem a posse de bola e sim buscassem as possibilidades do contra-ataque. E não foi de forma diferente que o jogo se desenrolou no primeiro tempo.  A surpresa correu por conta de que, com os alemães se poupando, coube a  Gana ter mais chances reais de gol. Neuer teve trabalho em dois lances: um chute bom de Atsu, que limpou e bateu no canto, aos 12 minutos, e numa bomba de Muntari, aos 32, tirada de soco. As jogadas alemãs saíram pelas pontas, especialmente com Özil. Boye, no entanto bem postado, impedia que a bola chegasse a Müller. O atacante teve, uma vez espaço, ajeitou de calcanhar para Kross, que bateu em cima da marcação. E só Götze deu um chutepreciso, aos 37, que Dauda pegou.

Mal começou o segundo tempo a Alemanha abriu o placar, aos 5 minutos, depois de um cruzamento de Müller da direita, que Götze cabeceou mal, mas,  a bola tocou no seu joelho  e entrou. O gol despertou a sensação de que a partida poderia estar definida e a Alemanha iria impor seu ritmo de toque de bola para o tempo passar. Ledo engano. Gana foi para cima e  não demorou a empatar. Aos 8, Afful cruzou da direita para André Ayew, que ganhou pelo alto de Mertesacker e enfiou no cantinho direito. Estava a  Alemanha de novo obrigada a correr, porém, antes que ameaçasse voltar à frente, Hummels errou a saída de bola, Muntari  aproveitou e tocou rápido para Asamoah Gyan, que bateu na saída de Neuer para decretar a inesperada virada. E, não poderia ter liquidado a partida num contra-ataque, três contra dois, quando Jordan Ayew  chutou em cima de Neuer. O técnico Löw  viu que precisava de gás novo e colocou em campo Schweinsteiger e Miroslav Klose. Este, em dois minutos, fez seu 15.º gol  em Copas. Depois do escanteio batido da esquerda, Höwedes resvalou e o pé de Klose apareceu, milagroso, na segunda trave para mandar a bola para dentro. O jogo seguiu emocionante e aberto até o fim, contudo, o placar não mudou mais mesmo com os dois times buscando a vitória. Bom para os Estados Unidos que podem, se ganhar de Portugal, garantir a classificação.

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