Domingo, 5 de maio de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Silvio Persivo

Que a Costa do Marfim nos seja leve


 

A segunda rodada da Copa do Mundo está tornando mais emocionante o evento. Como são 32 países na primeira fase só a metade se classifica e a outra metade volta, logo, obriga que os times fiquem mais ofensivos se querem continuar. Depois, nas oitavas, a coisa fica pior ainda que é só jogo mata-mata e segue em frente quem for melhor ou tiver sorte. Sorte sim. Todo mundo sabe que a Copa é uma roleta russa e que nem sempre a melhor equipe conquistou o título. É por isto e, em especial, por ter se consagrado alguns times maravilhosos que futebol bonito não ganha (o que nem sempre é verdade), que se adotou o tal do “futebol de resultados” que prefere uma pernada dada na hora certa a habilidade que supera os obstáculos e faz o espetáculo dos jogos. Daí o saudosismo de seleções antigas que apresentaram um futebol maravilhoso como a Hungria de 1954 ou a Holanda nas campanhas de 1974 e 1978 e o Brasil de 1958, 1970 e 1982. Hoje o futebol é o da força, da correria, das muitas faltas e da falta mesmo de habilidade de muitos jogadores.

Então o que se vê, com os primeiros resultados na África do Sul, é que falta beleza e gols. Poucas jogadas bonitas, poucos gols bonitos, poucos craques mostrando um jogo excepcional e a predominância absoluta da ditadura tática imposta pelos técnicos que está se sobrepondo à criatividade dos jogadores. Somente se espera alguma coisa de uns poucos craques que podem fazer diferença como Messi, Rooney, Cristiano Ronaldo, Kaká, Robinho e outros que são a esperança de algum brilho, de jogadas de excelência numa Copa de igualdade. De qualquer forma o futebol é surpreendente, a bola, ainda mais uma safada como a jabulani, é cheia de caprichos, portanto, surpreendendo e arrebatando e, quando menos se espera, fazendo a zebra desfilar nos gramados. As grandes vitimas, até aqui, foram mesmo a Alemanha que perdeu por um a zero para a Sérvia e a Espanha que perdeu pelo mesmo placar para a Suíça. Hoje, com o Paraguai fazendo 2x0 na Eslováquia, uma goleada em termos de placar nesta Copa, a Itália foi colocada no corner por precisar fazer dois na Nova Zelândia, o que pode não ser tão fácil quanto parece. Também a posição do Brasil, no outro jogo de hoje, é delicada. Precisa ganhar ou pode ter o dissabor de ser eliminado se empata e os outros ganham de mais de um da Coréia do Norte. Como tudo é possível, porém, a própria Coréia do Norte pode surpreender, ou seja, o risco que corre o pau corre o machado. O que não se pode esquecer, ainda mais nesta Copa, que cada jogo é um jogo. Muitas vezes o que parece fácil se torna difícil e o que parecia ser difícil é mamão com açúcar. Espero que seja assim para o Brasil, hoje, contra a Costa do Marfim. De qualquer forma não se pode ser campeão do mundo sem coragem e sorte para vencer. Que nossas chuteiras sejam iluminadas pelos deuses do futebol. E que Luiz Fabiano desencante.

 Fonte: Sílvio Persivo. 
 Gentedeopinião   /  AMAZÔNIAS   /  RondôniaINCA   /   OpiniaoTV
 Energia & Meio Ambiente   /  Siga o Gentedeopinião noTwitter  /   YouTube 
 Turismo   /  Imagens da História


 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoDomingo, 5 de maio de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Uma homenagem merecida a um grande mestre

Uma homenagem merecida a um grande mestre

Ontem (26/04), na reunião do Departamento Acadêmico de Ciências Econômicas-DACE da Fundação Universidade Federal de Rondônia, os professores do curs

Um livro demasiado humano

Um livro demasiado humano

Recebi, por intermédio do influenciador cultural Vasco Câmara, o livro de João Luís Gonçalves “Cidadãos com Deficiência-Visão Histórica”, da Edições

A difícil e necessária convivência com o celular

A difícil e necessária convivência com o celular

Efetivamente, apesar da minha idade, sou um fã de novidades e de tecnologia. Regularmente escrevo sobre economia criativa e sobre Inteligência Artif

Os Orixás em cordel de Bule-Bule

Os Orixás em cordel de Bule-Bule

Quando conheci Antônio Ribeiro da Conceição, o grande mestre baiano Bule-Bule, ainda estávamos no século passado e ele fazia dupla com um outro nome

Gente de Opinião Domingo, 5 de maio de 2024 | Porto Velho (RO)