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Silvio Persivo

Para Gana o que importava era o resultado



 
De fato com os resultados finais dos grupos C e D a Copa vai começar a pegar fogo. Pelo menos, já terá um grande clássico mundial que é o encontro nas oitavas de alemãos e ingleses. Também incluiu o primeiro time africano nas oitavas, pois, com o 1 a 0 da Alemanha sobre Gana, nesta quarta-feira, no Soccer City, em Joanesburgo, apesar do futebol ter estado longe de ser empolgante, no entanto, bastou para garantir as duas seleções nas oitavas de final - com os ganeses acabaram beneficiados pelo insuficiente 2 a 1 da Austrália sobre a Sérvia. Não se pode reclamar de resultados que colocam frente à frente no próximo domingo, às 11h (de Brasília), em Bloemfontein, Alemanha e Inglaterra, uma grande briga européia, sim senhor. E ficou de bom tamanho o encontro de sábado, às 15h30m, em Rustemburgo, quando Gana encara os Estados Unidos. A Alemanha, com seis pontos, terminou a fase inicial na liderança do Grupo D. Já Gana, com quatro, se manteve em segundo, graças ao saldo de gols zero, contra menos três da Austrália, que venceu a Sérvia por 2 a 1, em Nelspruit.

A situação do grupo foi de que os jogos seriam de vida e morte, mas, com o empate sendo uma das opções para garantir a classificação, pelo menos, para Alemanha e Gana caso a Sérvia não vencesse a Austrália, alemães e ganeses começaram a partida timidamente e com movimentos calculados. Na defesa, Gana apresentava uma forte marcação a partir do meio-campo, e ações ofensivas dentro de sua área ficaram muito difíceis, de forma que os atacantes passaram a arriscar de fora da área, como fizeram Cacau e Podolski nos minutos iniciais, sem muito perigo. A primeira boa chance, porém, surgiu de uma trapalhada do adversário. Os alemães apresentavam muito volume de jogo, mas, faltava criatividade. O primeiro tempo refletiu a precaução derivada de que o empate ainda bastava para ambos, já que o placar permanecia em branco também entre Sérvia e Austrália.

A diferença no 2º tempo, porém, foi que Gana se mostrava mais competente nos contra-ataques e os alemães burocráticos trocavam passes de um lado para o outro sem, em momento algum, lembrar o time que encantou na estreia contra a Austrália. A exceção continuou sendo o jovem Özil que organizava todas as jogadas e acabou por ser premiado, pois, aos 14 minutos, Müller recebeu pela direita, driblou para o meio e tocou para o Özil, que sem marcação, eve tempo para dominar e acertar um belo chute de canhota no ângulo de Kingson: 1 a 0. Foi o alívio alemão. Nem o gol despertou Gana que parecia mais interessada no resultado do outro jogo. E, sem se esforçar para mudar o quadro, ficaram vendo a tensão ser cada vez maior depois que os sérvios diminuíram para 2 a 1. Bastava um gol da equipe europeia para o sonho ter fim. Não aconteceu salvando a África do vexame de não ter um time nas oitavas. Os alemães se foram com a certeza que cumpriram a obrigação. Os ganeses, derrotados, deram uma volta olímpica com a bandeira de seu país nas mãos. O que importa é o resultado. Estão nas oitavas.

Fonte: Sílvio Persivo
 

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