Quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024 - 08h00
Minha visão do carnaval, a
partir da época de criança, sempre foi de festa, de um momento de inversão dos
valores onde os homens se vestiam de mulheres e a bebida, o cheiro da lança-perfume,
marchinhas, confetes e serpentinas ocupavam um espaço no qual se destacavam os
maracatus, blocos e escolas de samba. Em Fortaleza, o maracatu Az de Ouro, que
destacava-se como o maior, era acompanhado pelo Az de Paus e, se não me engana
a memória, o Rei de Ouro, Rei de Paus e a Escola de Samba Prova de Fogo, a mais
antiga da época. Depois, nos tempos que vivi no Rio de Janeiro, participei da
folia como um brincante, alguém que ia às quadras para poder desfilar na
avenida. Em Rondônia cheguei a ver o Bloco da Cobra, a Pobres do Caiari, a
Diplomatas como um curioso. Algumas vezes fui sim acompanhar, do começo ao fim,
a Banda do Vai Quem Quer. Embora alguns amigos lembrem destes tempos,
efetivamente, foram exceções. De carnaval,
fui um espectador ou frequentador de bailes. Nos últimos anos participei
do carnaval do Buraco do Candiru e comecei a me interessar pelo carnaval por conta da economia criativa. Percebi, como
economista, a importância econômica do carnaval para Porto Velho e até escrevi,
revoltado, com o fato do Galo da Meia Noite, por questões burocráticas, não
desfilar. Mas, ultimamente, instado a pensar sobre o assunto pela presidente da
Liga das Escolas de Samba de Rondônia (Lieser), Ana Lúcia Barroso, e por um
comentário do carnavalesco Carlinhos Maracanã, percebi, apesar de ter visto as
comunidades no Rio de Janeiro envolvidas no carnaval, o que as pessoas em geral
não pensam, que o carnaval é uma festa de família. Basta ver a história das 7
escolas de samba de Porto Velho. Todas estão atreladas, tem sua continuidade
garantida, por questões de afinidades familiares. Muitos, como é o caso da
própria Ana, já nasceram, entraram no carnaval até sem perceber, pois
participam dele muito cedo. Herdam o gosto dos familiares e pessoas próximas. Isto é muito comum, como é o caso de Cliuson
Torres, da Unidos do Guaporé, a mais antiga e tradicional escola de Costa
Marques, que entrou fo carnaval por herança familiar. A verdade é que seja uma banda, um bloco, uma
escola de samba ou até um bloco de sujo que vire tradição, invariavelmente,
trazem consigo, elos de ligação familiares e afetivas que transbordam para a
economia, a história e a cultura brasileira. Carnaval, portanto, é muito mais
do que entretenimento, do que, como pregam alguns, violência ou bebedeira. A
violência está nas pessoas, no carnaval e fora. O carnaval é sim um fator de
congraçamento, de emoção, de adrenalina, de pertencimento, de amizade e de camaradagem.
Numa época onde, em muitas religiões, há um esgarçamento dos valores, bem que
muitos poderiam reavaliar o carnaval como um fator de coesão social, de
camaradagem e respeito mútuo, que se desenvolve devido à paixão por esta festa
que é pagã sim, porém nem por isto deixa de ser um traço cultural importante da
sociedade brasileira.
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