Quinta-feira, 6 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Silvio Persivo

Ninguém gosta de perder


 

Que se pode dizer de um jogo onde uma equipe massacra a outra por 7x0? Talvez se possa dizer mais do fato de um time que poderia ter feito o mesmo e acaba por impor um magro 2x0, como fez a Espanha com Honduras. O certo é que o técnico da Coréia do Norte afirmou que os jogadores entraram “em pânico”. Também quase entro em pânico com a quantidade de gols perdidos pela Espanha, inclusive um pênalti que, não me canso de dizer, é imperdoável ainda mais numa Copa do Mundo. Pênalti perdido, embora possam dizer que é uma loteria, é, quase sempre, sinônimo de derrota. Perder um pênalti, para ser franco, abate até mesmo o presidente do time. De qualquer forma, Portugal, com indiscutíveis méritos, pois, aplicou a maior goleada das copas e se classificou, e a Espanha, com dois gols mixurucas, fizeram seu dever de casa e encerraram a segunda rodada da Copa que foi muito mais emocionante. A média de gols por partida, depois de 32 jogos, aumentou para 2,09, ultrapassando, portanto, a casa dos dois gols por partida. Se formos nos ater aos números os favoritos, hoje, seriam, por ordem alfabética, Argentina, Brasil, Chile e Holanda, os únicos a pontuar 100%. Mas, futebol costuma desprezar os números quando a bola rola.

De qualquer forma com o início, hoje, da terceira rodada chegou a hora da onça beber água. Vamos ver quem pára e quem continua. A Copa, no entanto, já deixa algumas cenas antológicas, como o primeiro gol da Copa do Marfim, o frango desmoralizante do Green, o gol contra de Simon Poulsen, que bateu nas costas de seu companheiro e entrou, o gol sem ângulo de Maicon, o chutaço de Forlán que bateu nas costas de um sul-africano e matou o goleiro, um gol de Birsa, da Eslovênia, chutando de longa distância com extrema categoria, o gol surgido de um erro da defesa que Donovan, dos Estados Unidos, matou com a frieza de um goleador e, por fim, o golaço de braço de Luiz Fabiano me parecem ser os grandes destaques em campo. Fora de campo as figuras que estão fazendo história são todos ex-jogadores. Maradona tem sido o principal personagem com suas declarações e atitudes que tem sempre um ar de cinematografia e, muitas vezes, histriônicas.

Adora a imprensa e sabe usá-la dando declarações polêmicas que fazem à delícia dos fofoqueiros de plantão. De paletó e barba no campo tem sido um deleite para as câmaras de televisão que até o colocaram com fundo musical de Pavarotti. É um figuraço. O outro que tem aparecido é mesmo Dunga. E não por motivos muito meritórios. Parece que perdeu a Branca de Neve. Tem sido agressivo quando é de sua função pública ser compreensivo e até gentil. Claro que nem sempre é possível aceitar as opiniões alheias, mas, publicamente xingar jornalistas é muito pouco producente. E, por fim, a outra figura que tem ocupado espaço é Zinedine Zidane. O ex-jogador francês que, entrou em cena por causa da crise do time da França, foi o grande responsável pela derrota do Brasil na final da Copa do Mundo de 98, na França, e nas quartas de final do Mundial de 2006, na Alemanha, disse que“-Entendo a raiva dos brasileiros. Jogar com o Brasil é uma oportunidade impressionante. Às vezes vamos estar melhor, mas Brasil é sempre Brasil” - disse o craque francês. Não. No Brasil não acredito que haja raiva contra ele. Há o desencanto de sabermos que o Brasil poderia ter feito mais. E, claro, nós sempre torcemos, hoje, contra a França. Afinal ninguém gosta mesmo de perder. Ainda mais quando se tinha a certeza de que se ia ganhar.

 Fonte: Sílvio Persivo
 
 Gentedeopinião   /  AMAZÔNIAS   /  RondôniaINCA   /   OpiniaoTV
 Energia & Meio Ambiente   /  Siga o Gentedeopinião noTwitter  /   YouTube 
 Turismo   /  Imagens da História

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoQuinta-feira, 6 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Baixa taxa de desemprego: pleno emprego ou ilusão

Baixa taxa de desemprego: pleno emprego ou ilusão

A taxa de desemprego no Brasil manteve-se em 5,6% no trimestre encerrado em agosto de 2025, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicí

Eu, um desconhecido em Porto Velho

Eu, um desconhecido em Porto Velho

Existe uma sensação peculiar que se instala com o passar dos anos e a vertiginosa mudança do mundo ao nosso redor: a de se tornar um estranho na ter

O Rei que nunca perdeu a coroa

O Rei que nunca perdeu a coroa

É impossível, e centenas de tentativas já provaram isso, desmerecer o notável e duradouro sucesso de Roberto Carlos. Ele reina absoluto na música br

Livro aprofunda os papéis-chave para o crescimento na carreira gerencial

Livro aprofunda os papéis-chave para o crescimento na carreira gerencial

A transição para a carreira gerencial é um desafio complexo que exige uma mudança significativa de mentalidade. Para auxiliar aqueles que percorrem

Gente de Opinião Quinta-feira, 6 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)