Intenção de consumo das famílias de Porto Velho é a segunda mais elevada do ano, em dezembro

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia-FECOMÉRCIO/RO, em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio-CNC, realizou a Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) das famílias de Porto Velho do mês de dezembro com o índice tendo uma leve queda de 133,5 pontos para 132,5%, ou seja, de apenas -0,7%, o que, considerando a queda dos índices de inadimplência cria a perspectiva de um fim de ano com vendas mais elevadas, de vez que a intenção de consumo supera em 2,6% a do final de 2011.  Entre sete itens pesquisados somente um deles, Emprego Atual, apresentou uma alta de 2,8%. Todos os demais tiveram desempenhos levemente negativos, com exceção da Perspectiva Profissional, que caiu -9,1% e da Perspectiva de Consumo, que caiu -6,1%. Também a Renda Atual ficou acima das demais em queda com 3,3%. Com a queda verificada em dezembro a intenção de consumo das famílias de Porto Velho se movimentou em direção oposta da intenção das famílias brasileiras, que subiu 3,2% no mês, alcançando 138 pontos, ou seja, ficando 4,2% acima do consumo das famílias de Porto Velho.

Se esperava que a economia voltasse a se reaquecer de forma muito mais forte neste fim de ano, porém, as medidas tomadas pelo governo, de intervenção na economia, não tiveram os efeitos desejados. Em especial, o crédito aparece como um limitador do aumento da intenção de consumo, de vez que, mesmo com a taxa Selic no seu nível histórico mais baixo, este efeito não se faz sentir no varejo do crédito que continua a ser um dos mais altos com taxas exorbitantes, em especial no cartão de crédito e no cheque especial. Apesar de tudo, há um otimismo moderado por parte dos empresários do comércio que esperam um fim de ano igual ou ligeiramente melhor do que o do ano passado, expectativa confirmada pelo fato de que o ano termina com a segunda maior intenção de consumo das famílias de Porto Velho e 2,6% mais elevada que a intenção de consumo de dezembro de 2011.

O momento para duráveis, mesmo apresentando uma queda de 134,1 pontos, em novembro, para 131,3 pontos permanece num patamar positivo que indica um potencial ainda grande de vendas deste tipo de bens no final do ano. É grande, porém, a possibilidade de que a maior parte das vendas se concentre em eletroeletrônicos e na linha branca, principalmente, tendo em vista a atração que as televisões planas, os tablets e os smartfones têm exercido sobre a população de uma forma geral e que são apontados como objeto de desejo nas mais recentes pesquisas de mercado. Como houve uma queda no endividamento, a situação de empregos parece promissora, a grande dúvida sobre um desempenho melhor das vendas permanece pelo fato de que a perspectiva de consumo teve uma queda de -6,1%. É preciso, porém, lembrar que, em termos de Brasil, mesmo com este resultado, é a região Norte que lidera o otimismo em relação ao consumo com 159,1% pontos, seguido do Nordeste com 159% pontos. Assim o resultado das vendas pode ser um pouco melhor do que o esperado.

INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS- Porto Velho-

Outubro/Novembro/Dezembro de 2012

Fonte: CNC/Fecomércio-Pesquisa Direta 

Sobre o ICF

Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia-Fecomércio/RO, realizou a Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias de Porto Velho (ICF-Rondônia) relativa ao mês de maio que tem como objetivo antecipar o potencial das vendas do comércio. Os resultados do ICF são avaliados sob dois ângulos. O primeiro é o grau de satisfação e insatisfação dos consumidores. O índice abaixo de 100 pontos indica uma percepção de insatisfação, enquanto acima de 100 (com limite de 200 pontos) indica o grau de satisfação em termos de seu emprego, renda e capacidade de consumo. O segundo ângulo é o da tendência do grau de satisfação e insatisfação, por meio das variações mensais do ICF total. O ICF é composto por sete itens. Quatro deles – emprego atual, renda atual, compra a prazo e nível de consumo atual - comparam a expectativa do consumidor em relação a igual período do ano passado. Os demais itens referem-se a perspectivas de melhoria profissional para os próximos seis meses, expectativas de consumo para os próximos três meses e avaliação do momento atual quanto à aquisição de bens duráveis. As informações são obtidas a partir de 500 questionários aplicados em Porto Velho.

Fonte: Fecomércio/RO/CNC