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Silvio Persivo

A penosa classificação da Espanha




Sofrido, chorado, quase que à custa de fórceps a Espanha garantiu sua classificação às semifinais da Copa do Mundo 2010 ao vencer a seleção paraguaia por 1 a 0, no estádio Ellis Park, em Joanesburgo. É uma classificação inédita às semifinais da Copa do Mundo, porém, o futebol que a Fúria tem apresentado, para se dizer o mínimo, tem sido ineficiente. Vencer por um a zero o Paraguai é muito pouco, principalmente, da forma como foi. Basta verificar que foi um primeiro tempo sonolento, com ambas as seleções somente voltando a se empenhar na etapa final. E, por incrível que pareça, quem teve a iniciativa, quem teve a grande oportunidade em primeiro lugar, foi o Paraguai quando, aos 12 minutos, Pique segurou Alcaraz e o árbitro não titubeou marcando o pênalti para seleção paraguaia. Na cobrança, Cardozo bateu com força no lado esquerdo, mas Casillas escolheu o canto certo e defendeu a cobrança sem dar rebote.

Logo, em seguida, no contragolpe, David Villa foi derrubado por Alcaraz e sofreu outro pênalti. Em menos de um minuto, dois pênaltis foram marcados. Xabi Alonso marcou, mas Carlos Baltres mandou voltar a cobrança por causa da invasão. Na repetição, o goleiro paraguaio, Villar, defendeu. No rebote, Villa chutou para o gol sem goleiro, mas a zaga paraguaia conseguiu afastar em cima da linha. Estes pênaltis desperdiçados animaram a partida que ganhou contornos de final de campeonato. E ainda que a Espanha tivesse mais toque de bola faltou ao Paraguai habilidade na finalização. Se tivesse um ou dois atacantes de melhor qualidade na finalização o resultado teria sido outro. Mas, se é se.

E o jogo virou uma roleta russa que o gol espanhol refletiu. Qualquer um se acertasse uma jogada poderia terminar com a partida. A sorte foi espanhola, pois, aos 37 minutos, Iniesta avançou pelo meio campo, tocou para Pedro que chutou na trave. A bola cai nos pés de David Villa, o jogador dribla um paraguaio e chuta na trave esquerda, a bola caprichosamente ainda viaja e toca na trave direita, antes de entrar para o fundo da rede: 1 a 0, Era o gol da classificação espanhola. O Paraguai ainda criaria uma ótima chance, aos 44 minuto. Barrios entrou livre na grande área e chutou em cima de Casillas. A jabulani voltou para Santa Cruz, mas, Casillas fez uma outra grande defesa e evitou o gol. A seleção paraguaia não teve mais forças para nada e nem mesmo o tempo adicional modificou a disposição que a Espanha, com toque de bola, teve para segurar o resultado. A vitória acabou fazendo justiça ao time melhor. E o Paraguai, um time muito limitado, foi muito longe, honrou a camisa que vestiu. A Espanha prossegue e, agora, na semi-final enfrenta a Alemanha com o retrospecto de ser a equipe, entre as finalistas, que, até agora, está bem aquém de suas possibilidades. Mas, cada jogo é um jogo, e não se pode dizer que a Alemanha terá um adversário fácil. Mesmo sem um ataque excepcional Villa é o artilheiro da Copa e sua defesa só levou dois gols.


Fonte: Sílvio Persivo
 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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