Sexta-feira, 14 de março de 2014 - 11h17
Caro leitor: imagine, nos dias de hoje, uma escola cheia de regras e normas de disciplina, onde as crianças fazem filas e cantam hinos antes da entrada na sala de aula; onde a professora é autoridade inquestionável, tanto para os alunos como para os pais dos alunos, onde o magistério é exercido com muita paixão e idealismo; nessa escola, as crianças aprendem nas primeiras séries da vida escolar a ler, escrever, contar e a recitar poemas.
Imagine, nos dias de hoje, jovens que esperam fazer quinze anos de idade para frequentar festas e para o primeiro namoro, namoro inocente e romântico, que permite aos namorados apenas beijinhos e mãos dadas na praça, aos domingos, na saída da sessão da tarde (matinê).
Imagine, nos dias de hoje, crianças, adolescentes e jovens que tratam os pais, os avós e os tios com respeito e são ensinados desde cedo a, amorosamente, pedir-lhes a bênção.
Imagine, nos dias de hoje, lua de mel apenas depois do casamento, aliás, este, normalmente primeiro e único, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até a morte; casamento onde separação não é regra, mas exceção, ou seja, ocorre apenas em casos extremos, o que significa aprender a conviver com as limitações do parceiro ou parceira, considerando-lhe sempre as virtudes e priorizando a preservação da família.
Imagine viver em um mundo onde as catástrofes ambientais são raríssimas, porque não há agressões ao ambiente natural, e poder contemplar diariamente o pôr do sol ao pé do Rio Madeira, além de visitar campeonatos de pesca na Cachoeira do Teotônio.
Quem viveu tudo isso há que aprender a viver e a conviver neste mundo moderno, onde as crianças são precocemente induzidas à vida sexual através de imagens eróticas e adultas veiculadas pela televisão; onde a rotina da escola desconsidera ensinamentos além dos conteúdos escolares, os quais, por sua vez, são ministrados precariamente, passando longe dos objetivos ensino e aprendizagem.
Quem viveu tudo isso há que se acostumar com os casamentos modernos de filhos e sobrinhos, casamentos descartáveis cuja duração não vai além da constatação de algumas limitações do parceiro ou da parceira.
Quem viveu tudo isso há que se acostumar com os efeitos das agressões à natureza, em nome do progresso, e assistir com um terrível sentimento de impotência a destruição da terra em que nasceu.
Quem viveu tudo isso na infância e na juventude faz parte de uma tribo em extinção: a tribo dos dinossauros. E vamos em frente, mergulhando de cabeça na modernidade, sim, porém com uma ponta de nostalgia, afinal, viemos de uma tribo há muito extinta...
Brava gente brasileira/ Longe vá, temor servil/ Ou ficar a Pátria livre/ Ou morrer pelo Brasil/ Ou ficar a Pátria livre/ Ou morrer pelo Brasil/ !!!!
O tempo e eu (Arrancando Pétalas)
Ponho-me a pensar no tempo. No que o tempo fez comigo. Escrevo em primeira pessoa para não afirmar que todas as mulheres da minha geração guardam de
Senhor, neste Natal penso nas pessoas que estão passando por dramas pessoais, tentando seguir a vida, carregando a dor da perda de um filho, ou enfr
Noutro dia, entrei em um carro de aplicativo e este era conduzido por uma mulher; esta era articulada, falante e, ao longo do trajeto, mostrou-se si