Quinta-feira, 28 de março de 2013 - 17h33
Muita gente não gosta das redes sociais, como face book; os que não gostam argumentam que as redes sociais confinam as pessoas, privando-as do contato real com o próximo. Então se reportam ao passado, à proximidade com a vizinhança, ao tempo das cadeiras de embalo nas calçadas, etc.
Certamente, aquele era um tempo inesquecível: era ótimo, quando no fim da tarde, banho tomado, roupa limpinha, a gente carregava as cadeiras da varanda até a calçada, sentava e esperava que as vizinhas e vizinhos se acercassem para a prosa que se estendia até a hora do jantar. Se as cadeiras de balanço fossem colocadas na calçada depois do jantar, a prosa se estendia até a hora de dormir e, no dia seguinte, o ritual era o mesmo, e o grupo que se formava diariamente também; enquanto os adultos conversavam, a criançada se esbaldava brincando na rua, em frente às calçadas, à luz do luar: brincadeira de roda, pantomimas, pique - esconde, etc. Tempo bom.
Tempo bom, mas tempo finito, tempo passado, tempo que só existe na memória de quem viveu. O fato é que o mundo mudou, as sociedades mudaram e impõem um novo modo de vida e de relações sociais. Certo é que as pessoas que viveram esse tempo precisam se adaptar a essas mudanças, senão acabam por se tornar arredias, reagindo contra a modernidade, reagindo contra as alternativas de contato como as redes sociais. Ora, onde, nos dias de hoje, existem cadeiras nas calçadas e o grupo da vizinhança reunido? Talvez em pequenas cidades do interior.
É claro que as redes sociais oferecem riscos, como observadores mal intencionados, sequestradores, pedófilos e toda sorte de criminosos; este é um lado da questão. Mas, tomando-se a devida cautela, há o outro lado: em vez da solidão imposta pelo mundo moderno, um mundo em que o sujeito não conhece seu vizinho, pode-se, sim, interagir com uma infinidade de pessoas e selecioná-las de acordo com a preferência do freguês.
Assim, a gente se acostuma com os rostinhos que frequentam nossas páginas das redes sociais: mensagens calorosas de ânimo, cumprimentos de aniversário, orações, recados, troca de impressões sobre tantos assuntos do cotidiano, manifestações de amizade, piadas, casos engraçados, compartilhamentos e comentários sobre o que vai pelo mundo, enfim, contato humano; como não aderir a isso tudo?
Quando ligo meu computador e abro minha página no face book, não tenho dúvida: sinto-me como se estivesse colocando minha cadeira de balanço na calçada de algum vizinho. Amo meus amigos virtuais!
Brava gente brasileira/ Longe vá, temor servil/ Ou ficar a Pátria livre/ Ou morrer pelo Brasil/ Ou ficar a Pátria livre/ Ou morrer pelo Brasil/ !!!!
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