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Robson Oliveira

Depois de muita conversa e um suculento regabofe na capital federal, a bancada de RO decidiu colocar uma emenda coletiva de 150 milhões para Porto Velho


 

Resenha política
Robson Oliveira

Depois de muita conversa e um suculento regabofe na capital federal, a bancada de RO decidiu colocar uma emenda coletiva de 150 milhões para Porto Velho - Gente de Opinião


Périplo
Durante toda a semana o prefeito eleito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), estreou definitivamente na militância política e fez um périplo pelos gabinetes dos senadores e deputados federais que compõem a bancada federal de Rondônia no Congresso Nacional. Nas visitas, munido de alguns parcos dados sobre as finanças municipais, Hildon pedia ajuda dos parlamentares para que colocassem emendas impositivas (aquelas obrigadas a serem liberadas) no orçamento da União para a infraestrutura da capital.


Competência
Depois de muita conversa e um suculento regabofe na capital federal, a bancada de Rondônia decidiu colocar uma emenda coletiva de 150 milhões para Porto Velho. São recursos ainda orçamentários que necessitarão de muito empenho e projetos em Brasília para serem liberados. Mas, como estreante na política, Dr. Hildon conseguiu um feito que em quatro anos o atual prefeito Mauro Nazif não conseguiu. Embora Nazif tenha sido membro da mesma bancada por seis mandatos consecutivos. O prefeito eleito começa a mostrar para que veio.


Desenvoltura
No jantar que ofereceu à bancada federal, Hildon Chaves avisou que a partir de agora as divergências eventualmente afloradas na campanha ficam no passado e que o partido do prefeito é o interesse da população que o elegeu. Ao descer do palanque, o futuro prefeito demonstra que a ficha caiu e que o momento é buscar convergência com as forças políticas rondonienses para colocar em prática as propostas que se comprometeu durante a campanha. O périplo do Dr. Hildon pela capital federal foi exaustivamente elogiado pela bancada federal. Inclusive pela desenvoltura com que abordou os problemas de Porto Velho nas reuniões que agendou com ministros de estado.


Curiosidade
Os principais expoentes do tucanato no Congresso Nacional demonstraram curiosidade em conhecer o prefeito eleito de Porto Velho, desde que parte da mídia nacional passou a compará-lo com o prefeito eleito de São Paulo, João Dória. Dr. Hildon se reuniu com Aécio Neves, Aluísio Nunes, Flexa Ribeiro, entre outros congressistas de alta plumagem.


Berlinda
O Diretor-Geral do Departamento de Estradas e Rodagens, Ezequiel Neiva, tem sido criticado nas cercanias do palácio pela lentidão com que resolve os problemas da pasta na região de Ariquemes – reduto do governador – bem diferente da rapidez pela qual soluciona os gargalos rodoviários dos municípios do cone sul – reduto eleitoral do diretor. Na berlinda, começa uma pressão para que seja dispensado.


Finanças
Apesar de a economia rondoniense apresentar índices mais vigorosos que a maioria dos estados, não escapa ilesa da crise que afeta o país. Não há neste momento nenhum risco iminente de que os salários dos servidores estaduais atrasem, e nem o décimo terceiro. No entanto, até que o Governo Federal repactue uma relação fiscal mais avantajada com os estados, as finanças rondonienses tendem a se aproximar do sinal vermelho.


Terras
É uma boa notícia a informação de que o Governo Federal pode editar uma medida provisória para que as terras devolutas da União sejam transferidas para o Estado de Rondônia. É um dos gargalos para a economia estadual a falta de titulação das terras, pois afeta diretamente o pequeno produtor que não consegue a liberação de um crédito sem a regularização da propriedade rural. Igualmente a questão fundiária urbana, em particular na capital. É preciso também acelerar a titularidade dos lotes urbanos de Porto Velho, tema exaustivamente debatido entre os candidatos a prefeito na última eleição. Contudo, é preciso muita parcimônia para que a boa notícia não seja desvirtuada pelos espertos de plantão.


Cotação
A engenheira Márcia Luna, profissional bem avaliada em sua categoria, é cotada para permanecer e responder pela área de regularização fundiária na equipe de Hildon Chaves. A cogitação não significa definição, conforme a coluna revelou nos nomes anteriormente divulgados, mas é grande a chance de ser convidada.


Gritaria
Houve reações contrárias de parte do tucanato em relação aos nomes que podem compor a futura equipe do Dr. Hildon, divulgada em primeira mão pela coluna. Uma gritaria histérica e inapropriada porque o prefeito eleito sequer confirmou publicamente todos os nomes e, certamente, quando forem anunciados oficialmente, constará nessa lista tucanos que trabalharam pela eleição. O que há é muita agoniação desnecessária. Há espaço na administração municipal para acomodar muito tucano que possua um currículo compatível com o perfil que o prefeito quer. Espaço não se abre no grito.

Posse
O professor Ari Ott tomou posse definitiva como reitor da Unir, nesta quinta-feira em Brasília. O evento contou com poucas pessoas próximas do novo magnifico de nossa Unir e sem nenhuma pompa. Ott assumiu depois de várias tentativas frustradas dos seus adversários que pressionaram os deputados federais e senadores para que o MEC empossasse o segundo colocado. Um dossiê foi distribuído nos gabinetes com acusações pesadas contra o professor, mas não surtiram os efeitos desejados. O MEC optou em respeitar o resultado interno das eleições da Unir que conferiu ao novo reitor mais de cinquenta por cento dos votos. A coluna louva a atitude do ministro e parabeniza a vitória da maioria da comunidade acadêmica da UNIR. Pode-se criticar Ari Ott por eventuais excessos, mas é de longe um dos maiores intelectuais rondoniense que dignifica qualquer cargo público que assuma.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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