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Paulo Saldanha

Maria Cristina Victorino de França


 

Paulo Cordeiro Saldanha*


Meu Pai, que adorava contar histórias, dizia que —referindo-se ao seu particular amigo Domingos MiguelAntonio Gazzineo., que foi comandante da Sexta Companhia de Fronteira, aqui sediada – Guajará recebeu outra promoção.

É que toda vez que o Gazzineo recebia uma promoção, ele, o meu Pai, se sentia orgulhoso da amizade e afirmava que o Município ganhara novo galardão. Até que aquele seu amigo militar tornou-se General quatro estrelas. Guajará, no seu entender, fora também promovida.

Isso porque o Gazzineo, a exemplo dos últimos comandantes do Batalhão se integrou com a cidade, ajudando-a, incentivando-a, valorizando-a nos mínimos detalhes.

Ocorre que, no mundo civil, o Município acaba de festejar nova valorização, seja através da Comenda com que o governo estadual brindou a história de vida da queridíssima Maria Teresa Merino Chamma, seja porque outra Maria, tão guajaramirense quanto a primeira, nos elevou sagrando-se vencedora, por conta de uma disputadíssima eleição, e será a próxima Vice-Reitora da Universidade Federal de Rondônia.

O Mestre Julio Yriarte sintetizou num magistral texto o significado pelo reconhecimento do valor inestimável da ação cidadã da Teresa Chamma como mulher, Mãe, educadora, pesquisadora e historiadora.

 Agora, eu, que tenho escrito sobre os vultos do passado, desejo expressar o meu sentimento de gratidão e afeto, ante a vigorosa atuação, como membro desta sociedade, da respeitável Professora Maria Cristina Victorino de França, um dos anjos de candura do nosso presente, que acaba de receber mais “uma estrela”, na brilhante carreira que abraçou.

 Consagrada numa acirrada competição, venceu uma eleição, estando apta para assumir a Vice Reitoria da UNIR.

É evidente que seus amigos, alunos, colegas de trabalho, seus confrades na Academia, enfim, esta sociedade devem sentir-se igualmente vitoriosos. É a primeira generalíssima guajaramirense a chegar ao Alto Comando de nossa Universidade.

Ela, que traz como significado no nome de Maria, a ventura de se descobrir como "MULHER QUE OCUPA O PRIMEIRO LUGAR", a Mãe do menino Deus; cujo segundo nome, Cristina, nos revela que é UNGIDA PELO SENHOR; Victorino, simbolo da vitória que se conquista e De França, que nos induz a propor um paralelo com o País Europeu, pois, ela, a nossa homenageada, traz no sangue, a expressão maior que também consagra aquela Nação comouma grande potência, pois como Mestra se sabe influenciadora cultural e política no nosso universo, tal qual aquele Estado tem sido no planeta, até porque desde há muito divide com os EEUU, Russia, Japão etc. as conquistas culturais e materiais que beneficiam a humanidade.

O De França de nossa Maria Cristina, ainda,  nos remete para a Nação símbolo das artes, rica na sua história, moda, perfumes,  gastronomia, Champagne e vinhos; Ah! França do Yves Saint-Laurent, Jean Paul Gautier, dos artistas Renoir, Monet e dos pensadores/escritores Montesquieu, Voltaire, Balzac, Sartre, Baudelaire, Victor Hugo e Dumas. Ah! A França de Rodin...

A nossa Maria Cristina é pessoa amável, delicada, criativa, versátil e charmosa. Como professora emérita que é, compartilha seus conhecimentos de forma abnegada e altruísta.

Detentora de idéias muito próprias, sabe dialogar com maestria. Expondo as suas filosofias, seus princípios e pensamentos com humildade e firmeza. Parece estar sempre de bom astral! Nas comemorações e nas festas transforma-se na menina que ainda existe dentro de si.

Milton Nascimento deve ter buscado na nossa Maria Cristina a inspiração para construir a letra da música Maria, Maria, já que a nossa Victorino de França “É um dom, uma certa magia/Uma força que nos alerta/Uma mulher que merece/Viver e amar...É o som, é a cor, é o suor/É a dose mais forte e lenta/De uma gente que rí...é preciso ter força/É preciso ter raça/É preciso ter gana/sempre Quem traz no corpo a marca/Maria, Maria/Mistura a dor e a alegria/Mas é preciso ter manha/É preciso ter graça/É preciso ter sonho sempre/Quem traz na pele essa marca/Possui a estranha mania/De ter fé na vida...”

E a nossa Maria Cristina, vencedora, em harmonia com ela propria, irá partir, nos deixará, pois há novos desafios a vencer e, quando esse dia chegar, quando dobrar a esquina, e, se olhando, atrás, da extrema curva, irá pensando, pelo seu novo caminho, que o nosso aceno poderia ser um até breve desta cidade, onde novos pássaros fazem seu ninho, ao lado do pássaro mais velhinho, que conosco balança um lenço branco, de saudade, muita saudade, que jamais será de adeus...


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Fonte: Paulo Cordeiro Saldanha  / 
*Membro Fundador da Academia Guajaramirense de Letras-AGL e Membro Efetivo da Academia de Letras de Rondônia-ACLER.
 
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