Segunda-feira, 12 de agosto de 2024 - 12h11
Por
quê os prédios públicos são tratados pelos homens e mulheres do meu tempo com
tamanha indolência? Preguiça, ou será má vontade?
Por
quê o edifício que abrigava a Biblioteca Municipal, conhecida como a Pirâmide,
desde que a cumieira cedeu, há mais de 18 anos, até hoje não foi reerguida?
Por
quê a antiga estação ferroviária, que virou o Museu do Município jaz ali quase
na beira do rio Mamoré, tão negligenciada, feia, desdentada, curvada, e tão
decadente...
Por
quê o Estádio Municipal João Saldanha é tratado de forma tão desleixada? Sua
recuperação desafia o tempo e a boa vontade dos esportistas locais!
Por
quê a antiga biblioteca Jarbas Passarinho, em cuja fachada, sempre maquiada,
quando das festas cívicas, envergonha a Escola ali no seu entorno e enxovalha a
avenida Quinze de Novembro, nas imediações da própria Prefeitura Municipal?
Aquela construção tão decaída emporcalha a
imagem de nossa cidade, enodoando o seu antigo conceito de cidade virtuosa, maculando
as diversas administrações municipais que foram se sucedendo, sem a tomada de
providências que, se tivessem sido implementadas à tempo, não depreciaria, não
deslustraria, nem desonraria, nem mancharia as figuras que passaram pela
administração pública municipal.
E isso
para dizer que não desejo falar das flores... Nem do Mercado Público Municipal,
cuja conclusão dos serviços de sua recuperação se perdeu na lembrança e na
lambança do tempo e na memória mais viva de nossa cidade...
Esquisito!
Mas de tanto ver triunfar as nulidades, mas me enternecem as saudades que eu
sinto do Governador Jorge Teixeira, o Teixeirão.
Com
ele não havia espaço para o negligente, o omisso e para o imperito! Afinal,
militar exemplar, ele jamais cultivou o ócio, as desculpas esfarrapadas, o desleixo, a indiferença, o abandono...
Palavras
que sintetizam o atual quadro, quase macabro, de alguns prédios sob o encargo
do Governo do Estado, entre eles justamente o Estádio, o Mercado Público e as
duas Bibliotecas de nossa urbe.
Tenho
ouvido o desespero do radialista João Teixeira na cobrança de ações por parte
de quem de direito, encarecendo providências que tardam a chegar.
Homens
públicos do nosso tempo, temos pressa...muita pressa... e lamentamos que o
tempo da população não seja o mesmo tempo dos homens públicos do nosso
tempo!...
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