Sábado, 19 de agosto de 2023 - 09h55
Até que enfim a maturidade, sócia da
experiência e da sabedoria, bateu às minhas portas!
Quase chegava tarde demais! Todavia, o Espírito
Santo me socorreu à tempo e um alerta, através de um sininho surreal, se me
chegou como quem chega do nada.
E essa advertência, em tão boa hora
surgida passou a me questionar sobre uma antiga preferência que idealizara em
TER, possuir, amealhar como valores que eu cheguei a enaltecer e a sonhar.
Todavia, aquele sininho surreal me
encaminhava para o verbo SER, como se tivesse a certeza de que eu abraçaria
essa vertente para que eu a devesse conjugar e elevar.
Agora neste terço da minha existência,
quando os anos vividos dão à dimensão exata do sentido maior da vida, que se
resume no aceitar a sabedoria como dom de Deus, foi assim que me entreguei à
reflexão de que melhor do que amealhar bens e dinheiro seria me tornar um ser
que se engrandecesse na busca do conhecimento...
Note-se que tenho consciência de estou
bem longe de me sentir detentor de muitos conhecimentos. Se muito, possuo uma
“cultura de verniz”
Afinal, ser é bem mais indicado
do que ter, mesmo porque não se leva nada desta para a outra vida, mas
poderemos (ou não) deixar exemplos positivos aos da nossa e das próximas
gerações...
TER significa possuir, adquirir coisas
materiais, logo efêmeras. SER simboliza existir na plenitude filosófica da
palavra; SER nos remete à idéia de perenidade com supedâneo no conhecimento e
na sabedoria, detalhes não submetidos às intempéries do tempo e às adversidades
climáticas, às inundações e às queimadas florestais.
O TER, ao contrário, não suporta os
vendavais, maremotos, terremotos, tufões e os ciclones... nem as lavras dos
vulcões! muito menos às intempéries do tempo e às adversidades climáticas, às
inundações e às queimadas florestais.
Enquanto que os professadores da
vertente dos que buscam a sabedoria, em função dos alicerces em que ficam
plantadas as forças vivas do conhecimento, sobrevivem com galhardia à toda
sorte das revoltas da natureza, com boa vontade e equilíbrio.
Na verdade, o TER é apenas conjugado
como a obtenção material de coisas, derivam para o macabro consumismo dos seus
ideólogos, em que obter lucros e possuir poder é o que vale...
Ao passo que a maneira de quem se volta
para a vertente espiritual de SER, é o que deve importar, como mensagem de quem
vai a procura da razão, do conhecimento, de princípios mais próximos da
doutrina cristã, do evangelho, enfim, das lições de Jesus Cristo.
E nessa introvisão, que os dicionaristas
a definem como “um sentido especial de ver as coisas como são” veremos que, em
relação a busca do SER como verdade, o judaísmo, o budismo e o cristianismo são
unânimes na eloqüência como que as três doutrinas pensam igualmente.
Todavia, na
incessante busca do TER o homem agride a natureza e acaba destruindo-a! E ela,
tao sorrateira tem se vingado em diversas partes do planeta...
Mas, o certo é que,
no perenal desejo de possuir mais dinheiro, bens e poder, há muitos casos de
pessoas que se tornam egoistas, insensiveis e más. Os meios para suas
conquistas materiais as subvertem no campo moral, tornando-as arrogantes,
vaidosas e petulantes, no que são permissivas na justificativas dos fins a
obter.
Todavia, jamais
desejando criar generalizações, afirmo que conheço muitos vencedores no setor
empresarial que cultivam as virtudes da generosidade, empatia, humildade,
tolerância, compaixão e serenidade, cultuando a paz como virtude transferida
pelos anjos, arcanjos, querubins e serafins.
E agora, quando me
encaminho para as despedidas enalteço o SER como o verbo a conjugar, posto que
os indivíduos a quem lhes sigo o exemplo eu os vejo como sábios, por ser
pessoas cujo foco é dirigido aos seus semelhantes, à natureza e às virtudes...
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