Sábado, 28 de maio de 2011 - 13h30
MONTEZUMA CRUZ
Editor de Amazônias
Um tiroteio no distrito de Rolim de Moura, a 530 quilômetros da capital, provocou a morte de José Ângelo, João Barbosa Arantes e Manuel Gonçalves, e ferimentos em Jesuíno D’Ávila, candidato a vereador pelo PDS. Ele teve o intestino varado por duas balas.
A notícia dada por este repórter na edição de 3/9/1982 do Jornal do Brasil mostrava o clima de animosidade no interior de Rondônia.
O tiroteio ocorreu após um bafafá no Restaurante Paca, levando o PDS a cancelar um comício que faria na véspera, dois de setembro. O presidente do partido, médico Claudionor Roriz, determinou a apuração das circunstâncias que originaram o conflito.
Em Porto Velho a periferia fervilhava: a mando da Divisão de Fiscalização da Prefeitura, sem mandado judicial, soldados da PM e agentes da Polícia Civil despejavam cerca de 60 famílias na extensão do Bairro da Floresta conhecida por Bela Vista, a cinco quilômetros do centro. A ação durou dois dias.
Moradores do Bairro Bela Vista vinham de outros bairros onde não haviam conseguido construir suas casas. Migrantes nordestinos e sulistas também se juntavam a eles. A vereadora Raquel Cândido da Silva foi detida na área, junto com o marido Valfrido Romano.
Em outubro o então secretário de segurança Hélio Máximo Pereira decretava: “Incitadores de invasões serão autuados na forma da lei, e invasores pelos crimes de esbulho e invasão.” Para o secretário e ex-superintendente regional da Polícia Federal, a série de invasões nada mais era que “uma incitação pré-fabricada.”
Sem mencionar nomes ele acusava ainda “incitadores” de “levar as pessoas a vender lotes por até dez mil cruzeiros “com a pretensa possibilidade de obter outro gratuitamente, por meio da invasão de áreas particulares.”
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