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Montezuma Cruz

5º BEC muda Comando consolidando obras e missões amazônicas


Coronel Jonas Santos deixa um legado de notáveis realizações (Fotos Comunicação 5º BEC) - Gente de Opinião
Coronel Jonas Santos deixa um legado de notáveis realizações (Fotos Comunicação 5º BEC)

O 5º Batalhão de Engenharia de Construção do Exército Brasileiro tem novo comandante desde o início deste mês de dezembro: deixou o posto o coronel Jonas Santos Silva Júnior, piauiense de Teresina, assumindo o tenente-coronel Davi Antônio Marques, nascido no Rio de Janeiro. Ambos cursaram Engenharia na Academia Militar de Agulhas Negras.

Na passagem de Comando em 4 de dezembro, o coronel Jonas Santos apresentou o saldo de suas realizações, sempre acentuando ter sido “missão de todos.” 

O Comandante do 2º Grupamento de Engenharia, general de Brigada Renato Farias Bazi, anunciou a solenidade de transmissão do cargo, com apresentação e marcha de guarnições e pelotões.

Tenente-coronel Davi Marques recebe o Pioneiro da Amazônia como uma das fortes Unidades da Engenharia de Construção do Exército Brasieiro  - Gente de Opinião
Tenente-coronel Davi Marques recebe o Pioneiro da Amazônia como uma das fortes Unidades da Engenharia de Construção do Exército Brasieiro

Sob a direção do coronel Jonas Santos, o 5º BEC elevou significativamente a qualidade e a eficiência das atividades de engenharia. Ele conduziu com êxito ações voltadas à recuperação e manutenção das instalações da Unidade, apoiando significativamente missões de apoio à 17ª Brigada de Infantaria de Selva.

Repetindo apoio antigo nessa área, desde o período de Rondônia território federal, o Batalhão participou de operações de desintrusão em terras indígenas na Amazônia Ocidental Brasileira.

Em coordenação com a 17ª Brigada, destacou-se no apoio às operações Karipuna, Uru-Eu-Wau-Wau, Amazônia e Atlas, garantindo o suporte de engenharia nas áreas de mobilidade, contramobilidade e proteção da tropa. Prestou, ainda, apoio ao Projeto Rondon, fornecendo pessoal, alimentação e alojamento para cerca de 350 participantes, entre estudantes e professores universitários.

Desde o final da década de 1960, o 5º BEC tem um histórico de trabalho com o Rondon, auxiliando e executando ações de cidadania e fortalecimento da soberania nacional.

O Comando do coronel Jonas foi marcado por iniciativas inovadoras: ele lançou o Projeto de Energia Fotovoltaica do Hotel de Trânsito de Sargentos, com a instalação de 58 placas solares; obteve recursos de emendas parlamentares para a adequação das instalações do Centro de Formação de Condutores, beneficiando toda a Guarnição de Porto Velho e áreas próximas; e viabilizou melhorias estruturais no rancho e na Companhia de Comando e Apoio.

O Batalhão elevou significativamente a qualidade e a eficiência das atividades de engenharia, conduzindo com êxito ações voltadas à recuperação e manutenção das instalações da unidade, bem como missões de apoio à 17ª Brigada de Infantaria de Selva, integradas à segurança da Amazônia Ocidental e a operações de desintrusão em terras indígenas.

Viabilizou melhorias estruturais no rancho e na Companhia de Comando e Apoio conseguiu recursos para reforçar a segurança orgânica com cercamentos e sistema de câmeras, plantou mil mudas de árvores nativas.

Em parceria com Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano, substituiu aproximadamente 100 luminárias na Vila Militar e na área interna do quartel, solucionando antigo problema de iluminação.

No âmbito do 2º Grupamento de Engenharia, deu continuidade à Operação Jaru, voltada à duplicação e urbanização da BR-364. Ali foram executados serviços de terraplenagem, pavimentação, sinalização, drenagem, contenção e recuperação ambiental. Em sua gestão o 5ºBEC protocolou o processo de Revisão de Projeto em Fase de Obra no DNIT, contribuindo para a transparência e a eficácia na futura prestação de contas.

Além de Rondônia, coordenou apoios de engenharia a diversas organizações militares da região, incluindo o projeto de energia fotovoltaica do 7º BEC (Rio Branco); a carpinteiros da 17ª Brigada; obras de reforma do Hospital de Guarnição de Porto Velho; e escoramentos no Forte Príncipe da Beira, em Costa Marques, fronteira brasileira com a Bolívia.

Sob sua gestão, foi também protocolado o processo de Revisão de Projeto em Fase de Obra (RPFO) junto ao DNIT, contribuindo para a transparência e a eficácia na futura prestação de contas.

O comandante que sai e o que assume o cargo, com suas esposas, na sede do 5º BEC  - Gente de Opinião
O comandante que sai e o que assume o cargo, com suas esposas, na sede do 5º BEC

Geralmente, a folha de trabalho militar se torna conhecida em solenidades de troca de Comando. Oportunidade em que, percorrendo o histórico do 5º BEC se constata: antes do coronel Jonas, 27 ex-comandantes deixaram suas marcas na história de lutas.

Certamente por esse motivo, desde 1967, ouve-se na Canção do 5º BEC um sugestivo refrão: “É o 5º que vai, sem temor de parar.”

Os 60 anos de existência do Batalhão foram imortalizadas em livro escrito pelo militar pioneiro e atualmente na reserva Carlos Alberto Camargo Lima, gaúcho de Cruz Alta, que também serviu em Rio Negro (PR), e Araguari (MG). Entre os seus feitos em Porto Velho, recebeu certificado como pesquisador da Operação Manaus, em etapa promovida pelo Governo do Estado, no convênio com a diretoria do Projeto Rondon e a Universidade do Amazonas, em 1976. É cidadão honorário de Porto Velho.

O livro dos 60 anos lembra todos os militares integrantes do 5º BEC desde o início, prestando homenagem ao general Rodrigo Octávio, grande mentor do surto de desenvolvimento que iria acontecer na Amazônia Ocidental;

● O coronel Carlos Aloysio Weber, responsável pela epopeia de transferir o Batalhão da Cidade do Rio de Janeiro para Porto Velho, aqui chegando em 21 de fevereiro de 1966;

● O então major Tibério, chefe da Seção Técnica durante o período do primeiro Comandante;

● O sargento Siton, responsável pela construção das fundações da ponte do Rio Candeias; o soldado Soares, que veio a se tornar civil e que contribuiu com o desenvolvimento da BR-364 em direção a Rio Branco (AC);

● A José Dantas, mestre da Banda de Música, e Antônio Dantas, autor do hino “Céus do Guaporé.”

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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