Domingo, 30 de outubro de 2011 - 20h42
MONTEZUMA CRUZ
Editor de Amazônias
Com oito diretórios organizados em Rondônia, o PT fez sua primeira convenção em 1982, indicando três candidatos ao Senado Federal: o comerciário Odair Cordeiro, o padeiro Onofre Kojo e o lavrador Josias Galvão. Dez candidatos concorreram à Assembléia Constituinte e três à Câmara dos Deputados.
Antes disso, porém, o partido levou um grande susto na sua convenção municipal: emissários do PDS haviam subornado o presidente da Comissão Provisória em Porto Velho, José Assis Cavalcante, oferecendo-lhe um automóvel usado (!). Cavalcante aceitou o presente e vazou, desapareceu por alguns meses, sem deixar rastro.
Participaríamos da primeira eleição do mais novo estado brasileiro. Daí porque a atitude do companheiro Cavalcante obrigou os demais a promover uma rápida mobilização para fazer tudo direitinho, conforme manda a lei. O PT tinha que eleger sua direção para ser reconhecido e poder participar do pleito.
Estávamos sem presidente. Cavalcante deveria presidir a convenção. No entanto, em menos de 24 horas a situação foi contornada: consultando o estatuto do partido e a legislação eleitoral o agrônomo José Neumar Morais Silveira e o comerciário Odair Cordeiro convocaram para presidir o ato este repórter, então secretário municipal do partido. Uma observadora eleitoral acompanhou o ato o dia todo, na sede do PT no Bairro do Cruzeiro.
Imaginem a dureza para fazer funcionar um partido que cativava filiados em suas casas, não fazia comícios, não aceitava doações financeiras e ainda tinha pesadelos ao deparar com dirigentes sujeitos à sedução palaciana do PDS.
Perdão a todos, mas foi isso o que ocorreu àquele pequeno grupo que ainda não conhecia os caminhos da política partidária, essa que teima em se sustentar em nome do regime democrático.
NOTA
PDS era a sigla do extinto Partido Democrático Social, que dava sustentação ao governo em Rondônia e no País.
Ditadura deu cadeia a militar que governou Rondônia duas vezes, operando milagres
A história do tenente-coronel paraquedista Abelardo e Alvarenga Mafra, ex-governador do extinto Território Federal do Guaporé não aparece em livros, t
Bacellar agrada no 1º ano de governo
Em 1º de janeiro de 1918, passados 107 anos, a edição nº 65 do jornal Alto Madeira via "tudo azul", ou seja, o Estado do Amazonas estava bem em sua gi
O agrônomo William Curi teve efêmera passagem pela Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia, onde ensaiou seus passos políticos, sem obter o mes
Gênese rondoniense (3) – No xadrez sucessório, a continuidade de Cury espremeu Teixeirão
Depois da exoneração de William Cury e do êxito do Polonoroeste, o INCRA daria conta de titular 3,4 milhões de hectares de terras em Rondônia, somando