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Montezuma Cruz

Savaget filma países de língua portuguesa



O jornalista e produtor brasileiro Claudio Savaget está produzindo um dos mais importantes documentários para a televisão, sobre a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). “Via Comunidade” deverá tomar impulso em 2009, com nove episódios de 56 minutos, gravados em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, e Timor Leste – integrantes da CPLP.


RAY CUNHA
[email protected]
 
BRASÍLIA – Savaget já produziu séries especiais para o programa  "Globo Ecologia" no Timor-Leste, Moçambique, Cabo Verde e Portugal.
O documentário abordará a evolução histórica dos países da CPLP — bloco criado em 1996 – até os dias de hoje e apresentará um panorama histórico, a relevância regional e a projeção internacional da CPLP, mostrando a economia, a cultura e a sociedade de cada um dos países do bloco.

Segundo Savaget, as oito nações que integram a CPLP possuem um elo de comunicação fundamental: o português, idioma falado por mais de 230 milhões de pessoas, em quatro continentes. Para o jornalista, “a independência das colônias portuguesas, ao contrário de outras, preservou nesses oito países aspectos lingüísticos e culturais que constituem hoje um patrimônio original e, ao mesmo tempo, comum, em que se destacam semelhanças que se perpetuam e grandes diferenças enriquecedoras, que se forem projetadas para fora de seus limites farão surgir novas formas de convivência e parcerias entre os países integrantes do bloco”.
 
Savaget explica que a língua portuguesa está entre os oito idiomas com maior número de falantes no planeta, sendo a terceira do mundo ocidental, atrás somente do inglês e do espanhol. “E como o português é o maior traço em comum desses oito povos-irmãos é necessário conhecer mais esse idioma e projetá-lo para o futuro. Por isso, nestes tempos de globalização, é preciso estreitar, manter e reforçar essa relação de irmandade e, ao mesmo tempo, nos posicionarmos para que nossa identidade seja afirmada e reconhecida pelas próximas gerações” – disse o jornalista.Savaget filma países de língua portuguesa - Gente de Opinião


 
DVDs para universidades
e instituições

 
A série, que custará em torno de R$ 1,5 milhão, deverá ser patrocinada e apoiada por instituições públicas e empresas estatais e privadas dos países da CPLP. O orçamento prevê cópias gratuitas para todas as redes de TV pública das oito nações integrantes da comunidade.
 
Também cópias em DVD serão produzidas para universidades e instituições educacionais; embaixadas e círculos diplomáticos; empresas do setor turístico (companhias aéreas, hotéis, agências de viagens, conventions bureau); associações comerciais e industriais, ONGs, Oscips; instituições voltadas para a preservação do meio ambiente;  colégios federais, municipais e estaduais etc.

 
Quem é
Natural da cidade do Rio de Janeiro, 54 anos, repórter, fotógrafo, editor, diretor e produtor de televisão e cinema, Cláudio Savaget estreou em 1976 na direção com o documentário de média metragem Na Terra do Sol, filmado no Peru. Em 1978, ingressou na Rede Globo como editor de imagens nos telejornais Nacional, Amanhã, Painel, Globo Esporte e Fantástico. Em 1980, assumiu a editoria internacional do Jornal Hoje.
 
Em 1981, fundou a Savaget Produções, que, em parceria com a Fundação Roberto Marinho e o IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal), criou o Projeto Ecologia, iniciativa pioneira de educação ambiental que utilizou dezenas de documentários de média metragem, matérias para TV e mídia impressa para divulgar a bandeira da conservação da natureza brasileira.
 
A repercussão do projeto, premiado durante três anos consecutivos (1982 a 1984), deu origem ao  Globo Ecologia, que foi ao ar no dia 4 de novembro de 1990 e hoje conta com mais de 800 edições, sempre sob a direção geral de Claudio Savaget.


 
Savaget filma países de língua portuguesa - Gente de OpiniãoSavaget filma países de língua portuguesa - Gente de OpiniãoGlobo Repórter
 
De 1984 a 1990, atuou como diretor e roteirista do Globo Repórter,  criando dezenas de programas no Brasil e no exterior. Em 1998, em parceria com a professora Judith Cortesão, lançou  a série para TV "Viva o Mar, Viva o Povo que Vive do Mar". Composta por dez programas, a série  foi  veiculada com grande sucesso no Brasil, pela Rede Globo e Canal Futura.

Com versões em inglês, espanhol e chinês, os programas foram exibidos também pela Rádio Televisão Portuguesa (RTP-2), em circuito fechado, durante a Expo 98, no pavilhão do Brasil, e  na Expo Mar, em Lisboa. "Viva o Mar, Viva o Povo que Vive do Mar" foi exibida, ainda, pela Rede de TV Educativa da Espanha  para todos os países de língua espanhola.
 
Em 2000, Savaget escreveu, produziu e dirigiu a série 500 Anos – Rotas da Integração, cinco programas baseados nos livros do jornalista e escritor Eduardo Bueno, que apresenta e narra os episódios. 500 Anos – Rotas da Integração foi patrocinada pela Petrobras e pelo Canal Futura. A série foi veiculada, também, pela Rede Globo, GNT Portugal e Globo Internacional.
 
De 1999 a 2004, produziu a série “Viva Noronha”, em parceria com o governo de Pernambuco, Fundação Roberto Marinho e Petrobras. Foram produzidos 80 programas com duração média de dois minutos e meio. Em 2001/2002, criou, escreveu e dirigiu a série em 12 episódios "Tom do Pantanal," no qual a poesia de Manoel de Barros e a música de Tom Jobim revelam aspectos ambientais e culturais do Pantanal Mato-grossense.

A partir de 2002, começou a atuar como repórter de vídeo, realizando dezenas de séries especiais para o Globo Ecologia no Brasil e no exterior, com destaque para  Portugal, Timor Leste, Cabo Verde e Moçambique.
 
Em 2003, participou da criação e dirigiu “Brasil Sustentável”, série em cinco episódios para a TV Cultura. Em 2004, escreveu e dirigiu Tom da Amazônia, série de 12 programas para a Fundação Roberto Marinho.
 
Em 2007, em parceria com o jornalista Enilton Rodrigues, escreveu e dirigiu a série Paixão pela Palavra – Manoel de Barros, que apresenta, em cinco episódios, a biografia de um dos maiores nomes da literatura brasileira. O formato documental reúne depoimentos inéditos e exclusivos do poeta em dois momentos distintos: 1992 e 2007, revelando histórias sobre a sua infância, juventude e carreira.

Fonte: Montezuma Cruz - A Agênciaamazônia é parceira do Gentedeopiniao.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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