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Montezuma Cruz

Raquel Munduruku é a coordenadora das mulheres indígenas da Amazônia


Raquel Munduruku é a coordenadora das mulheres indígenas da Amazônia - Gente de Opinião

Correção de objetivos, organização e avanço na conquista do espaço política: mulheres indígenas elegem nova coordenação e reafirmam sua luta /A CRÍTICA
 

 


MONTEZUMA CRUZ
Editor de Amazônias

 

A União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (Umiab) elegeu Raquel Munduruku sua nova coordenadora por quatro anos. Participaram do ato, em Manaus (AM), 40 delegadas de estados amazônicos, à exceção do Maranhão e do Amapá, que não puderam enviar representantes. A escolha de Raquel ocorreu depois de dois anos de debates a respeito das instâncias de representatividade e de espaços políticos que devem ser ocupados pelas mulheres.

 

Demonstrando confiança na competência das companheiras, a coordenadora sugeriu “deixar para trás a fase difícil vivida pela Umiab”, comprometendo-se a um trabalho de resultados. “Juntas, vamos pisar com força e alcançar aquilo de sonhamos, que lutamos para alcançar.” Em seguida, demonstrou a maneira como pretende atuar: “Não me sinto coordenadora geral, mas um membro da coordenação; ajudaremos umas às outras e espero que todas estejam prontas para isso.”

 

Rosimeire Arapasso foi eleita vice-coordenadora, Olga Macuxi será tesoureira, Fátima Sateré Mawé será vice-tesoureira, Mariazinha Baré, secretária, Jeyci Mura, vice, e Justina Tikuna, presidente do Conselho Deliberativo e Fiscal.

 

Para a vice-coordenadora da Umiab, Rosimeire Arapasso, o aprendizado vai assegurar o êxito da coordenação: “Apoiaremos a coordenação, fazendo essa ponte de acompanhar mais de perto as situações; vamos completando o nosso conhecimento, fico agradecida e feliz.” Prometeu cobranças na atualização dos contatos, uma das razões do sucesso de qualquer movimento.

 

O coordenador geral da Comissão das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Marcos Apurinã, elogiou o “protagonismo das mulheres indígenas”: “O importante é que elas concluíram mais um passo; agora, é preciso buscar o entendimento, pois o barco é um só e cada qual tem que pegar o remo e ajudar a navegar.”

 

 A vice-coordenadora da Coiab, Sônia Guajajara, falou em renovação e reafirmou seu apoio para a conquista do espaço político. Pouco depois do 3º Encontro de Mulheres Indígenas da Amazônia, em 2009, na Aldeia São José (território do Povo Krikati, no Maranhão), surgiu uma organização autônoma de mulheres dispostas a atuar com independência. A União nasceu do Departamento de Mulheres da Coiab, coordenado por Maria Miquelina Machado Tukano.

 

Conheça o site da COIAB

Mulheres indígenas pedem respeito

 

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