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Montezuma Cruz

Padre Paulino cai do barco e é salvo por ribeirinhos


 

Padre Paulino cai do barco e é salvo por ribeirinhos  - Gente de Opinião




MONTEZUMA CRUZ
Amazônias


RIO BRANCO – O octogenário padre Paulino Baldassari foi salvo de afogamento por um grupo de ribeirinhos, durante a derradeira desobriga que fez na semana passada, no Igarapé Maloca, alto Rio Caeté. Ele próprio narrou o ocorrido, em entrevista à Rádio Difusora de Sena Madureira, contou hoje o deputado Fernando Melo (PT-AC), que se reuniu com o religioso, do qual é admirador.

Em meio século de trabalho na região do Purus, padre Paulino percorreu milhares de quilômetros de rios, igarapés e varadouros, no vaivém às comunidades, a partir das barrancas dos rios Purus e Caeté, no município de Sena Madureira. Enfrentou adversidades, a exemplo dessa ocorrida no Caeté, quando caiu do barco que se chocou com um toco, mas escapou ileso para contar a história.

– Eu me descuidei e caí dentro d’água, mas antes de me afogar, a mão de Deus me puxou – ele disse ao apresentador Jaime Gonçalves, do programa “Domingo no seringal”.

Fernando Melo solidarizou-se com o padre:

– A vida toda, nas barrancas de rios e na floresta acreana, esse congregado servo de Maria leva solidariedade e esperança aos que menos têm. Merece de nós todos o reconhecimento pela prática fiel do bem, pela coragem e pela constância nos seus deveres de cristão.

quase três semanas, o próprio deputado fora vítima do naufrágio de uma lancha voadeira que se encheu de água, obrigando dez dos seus 12 passageiros a se agarrar em galhos com espinhos para alcançar uma minúscula “ilha” no Rio Espalha. Lá eles permaneceram até o piloto manobrar para a retirada da água. Em seguida, os passageiros foram distribuídos em duas embarcações.

Padre Paulino já fora desaconselhado por médicos a continuar fazendo suas viagens de desobriga. Mas ele reage com perseverança:

– Não posso parar, porque tem muita gente que precisa de uma mão amiga.

Sorrindo, ele lembrou que fazia anotações na proa do batelão, quando, inesperadamente, caiu no rio.

– Foi uma tontura, uma coisa inexplicável, mas graças a Deus fui retirado da água imediatamente – relatou. O seringueiro conhecido por “Carioca” e os companheiros dele salvaram padre Paulino. 

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